quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Não adianta “Chororô”.



Saiu  para assumir e volta já

Gerson Tavares
 







Ele já estava na berlinda antes mesmo de assumir o Ministério da Saúde, mas depois de nomeado para assumir o Ministério da Saúde em 3 de fevereiro, Arthur Chioro precisou deixar temporariamente o comando da pasta para "dar uma voltinha e arrumar algum". A exoneração foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira e ocorreu "a pedido" para que o Chioro assumisse o cargo de professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele foi aprovado em concurso e não poderia tomar posse em razão do vínculo com o ministério, mas como tudo é feito para enganar os bobos, e saiu do ministério, assumiu o cargo de professor e se licenciou para voltar ao ministério. Foi só o tempo de formalizar a contratação na universidade e logo depois voltar a ser ministro.

Chioro foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para assumir o lugar de Alexandre Padilha, que deixou o ministério para disputar o governo de São Paulo. Chioro é filiado ao PT e era secretário de Saúde em São Bernardo do Campo. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, a exoneração foi só um ato burocrático. Ao tomar posse na Unifesp, Chioro imediatamente pediu licença do cargo na instituição para voltar à pasta.

Não podemos esquecer que a escolha de Arthur Chioro para o cargo de ministro provocou questionamentos em razão de o ex-ministro ser proprietário de uma empresa de consultoria especializada em saúde, prestadora de serviços a municípios no Estado São Paulo. O caso já era investigado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de improbidade administrativa mesmo antes de aparecer seu nome na lista da Dilma e isso só prova que para ser ministro tem que ter o “nome sujo”.

Ai veio àquela desculpa de que antes de assumir a pasta, Chioro pediu afastamento da empresa e transferiu suas ações para sua mulher. O PPS chegou a entrar com representação junto à Comissão de Ética da Presidência da República para cobrar explicações.


Mas como para o governo petista vale tudo, eles deram de ombros e tudo ficou por isso mesmo.

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