terça-feira, 1 de maio de 2012


Em 20 anos, cerca de 70% das mortes de jornalistas ficaram impunes no Brasil
 


Sarney está lutando pelo 
seu jornalista, mas, e os outros?

Já é uma coisa normal um jornalista ser assassinado no País e nada acontecer. Cerca de 70% dos assassinatos de jornalistas registrados no Brasil nos últimos 20 anos ficaram impunes, segundo levantamento da organização americana CPJ, que é o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.

O CPJ contabilizou 20 assassinatos entre 1992 e 2012 no Brasil, sendo que 14 não foram punidos. Outros seis foram parcial ou totalmente esclarecidos e seus culpados punidos. O Brasil foi classificado pelo comitê em 11º lugar entre os países onde há mais impunidade nos crimes contra profissionais da imprensa. "Os crimes contra jornalistas continuam sendo um dos principais problemas que a imprensa enfrenta nas Américas", afirmou em nota Gustavo Mohme, da Sociedade Interamericana de Imprensa.

Mas pelo que deu para notar a situação é bem pior do que aquele quadro apresentado pela CPJ. A organização contabilizou em 2012 apenas o assassinato do jornalista Mário Randolfo Marques Lopes, em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro, em fevereiro, deixando de incluir no estudo os assassinatos do radialista Laécio de Souza, da rádio Sucesso FM, de Camaçari, na Bahia, ocorrida em janeiro, e do repórter do Jornal da Praça e do site Mercosulnews Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em fevereiro.

Além desses, ainda tem o caso mais recente que  é o do repórter de política e blogueiro Décio Sá, baleado em um restaurante no último dia 23 em São Luís do Maranhão. Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão", da família do presidente do Senado, José Sarney.


Se bem, que este caso deverá logo ser desvendado já que Sarney tem interesse. Mas nos outros casos, “quem não tem padrinho morre pagão”.

Nenhum comentário: