Em
20 anos, cerca de 70% das mortes de jornalistas ficaram impunes no Brasil
Sarney
está lutando pelo
seu jornalista, mas, e os outros?
Já é uma coisa normal
um jornalista ser assassinado no País e nada acontecer. Cerca de 70% dos assassinatos
de jornalistas registrados no Brasil nos últimos 20 anos ficaram impunes,
segundo levantamento da organização americana CPJ, que é o Comitê para a
Proteção dos Jornalistas.
O CPJ contabilizou 20
assassinatos entre 1992 e 2012 no Brasil, sendo que 14 não foram punidos.
Outros seis foram parcial ou totalmente esclarecidos e seus culpados punidos. O
Brasil foi classificado pelo comitê em 11º lugar entre os países onde há mais
impunidade nos crimes contra profissionais da imprensa. "Os crimes contra
jornalistas continuam sendo um dos principais problemas que a imprensa enfrenta
nas Américas", afirmou em nota Gustavo Mohme, da Sociedade Interamericana
de Imprensa.
Mas pelo que deu para
notar a situação é bem pior do que aquele quadro apresentado pela CPJ. A
organização contabilizou em 2012 apenas o assassinato do jornalista Mário
Randolfo Marques Lopes, em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro, em fevereiro, deixando de incluir no
estudo os assassinatos do radialista Laécio de Souza, da rádio Sucesso FM, de
Camaçari, na Bahia, ocorrida em janeiro, e do repórter do Jornal da Praça e do site
Mercosulnews Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em fevereiro.
Além desses, ainda tem
o caso mais recente que é o do repórter
de política e blogueiro Décio Sá, baleado em um restaurante no último dia 23 em
São Luís do Maranhão. Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão", da
família do presidente do Senado, José Sarney.
Se bem, que este caso deverá logo ser desvendado
já que Sarney tem interesse. Mas nos outros casos, “quem não tem padrinho morre
pagão”.
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