Ninguém
respeita ninguém
Gerson
Tavares
Um dia, atendendo aos
reclamos da população, o Tribunal Superior Eleitoral resolveu que “político
bandido” que não sabe roubar, não pode continuar político e tem que seguir
“bandido”. Então ficou acertado que o político que não teve suas contas de
campanha aprovadas, não pode se candidatar. Ainda não é tudo que se espera, mas
já é um passo em direção à moralização.
Mas antes de falar
desse caso, vou dar um “pitaco” no problema “lei”, que como manda a
Constituição, ela é votada pelos congressistas. Então essa posição do STE foi "julgada" pelos deputados que resolveram fazer um projeto para resolver o problema. O projeto passou pela Câmara e depois vai
ao Senado para ser aprovada ou não.
E é aí que eu acho que a Constituição falha, quando essa lei, que foi criada para ser usada no sentido de julgar o parlamentar, nunca deveria ser feita pelos próprios. Se são esses “safardanas” que fazem às leis, claro que eles irão aprovar sempre
aquilo que irá trazer benefícios para a classe. Por isso, seria hora de fazer
uma emenda nessa pobre e já tão “avacalhada” Constituição, para que, nesses
casos, fosse formada uma comissão de juristas, juristas esses, que não poderiam
ser nem indicados e muito menos ligados aos políticos, para os casos de criar toda e qualquer lei
que envolvesse assunto de interesse dos políticos. Nem mesmo o presidente da
República podendo indicar ou insinuar nomes para que tudo seja muito nítido.
Mas, por que estou falando isso
agora? Simplesmente porque depois que o TSE resolveu que os políticos chamados
“contas sujas” não podem se candidatar, ei que os deputados se reúnem e, a
"toque de caixa", resolvem aprovar um projeto que acaba com a
exigência da aprovação das contas de campanhas eleitorais e assim, todos os políticos
“fichas sujas” ficam livres para se candidatarem.
Lógico que esses
parlamentares pensaram somente neles e então viram que se eles têm o poder de
“fazer a lei”, porque não um projeto que diga que Justiça é um zero à esquerda.
Agora começou não só no judiciário, mas também nos movimentos populares que
combatem a corrupção, uma campanha para que não sejam liberadas as candidaturas
desses politiqueiros “fichas sujas”.
Mas já que eles, além
de “fichas sujas”, ainda desafiam o bom senso do cidadão, é hora de jogar
pesado. É hora de campanha para mostrar quem pode ou não ser candidato. Se ele
tem o poder da “lei fajuta” que eles fazem, o cidadão tem as redes sociais para
fazer campanha. O TSE tem o site onde pode colocar os nomes de todo “ficha
suja” e ainda deveria colocar em todos os jornais do País os nomes dos
“safardanas” que estão devendo à Justiça Eleitoral a sua prestação de contas e
recomendar ao eleitor que não vote neles. Não podemos esquecer que estamos na
“época da transparência” e transparência é assim, nome no jornal e o crime do
“safardana” ao lado.
Vamos mostrar para
esses “bandidos” travestidos de políticos, que o cidadão quer lisura. Chega de
banditismo na política e então vamos começar por aí, extraindo esse câncer que
é o politiqueiro sem moral e sem ética.
Um comentário:
E por acaso político é transparente? Enquanto eles puderem esconder os erros da classe, ninguém vai ser punido por ser ficha suja.
Até porque, para punir ficha suja, precisamos de eleição todas as semanas e ainda assim, em todas elas vamos ter candidatos fichas sujas.
Rio de Janeiro
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