sexta-feira, 25 de maio de 2012


Blindagem é a ordem que vem de cima

Gerson Tavares
 



Não posso admitir que essa “ordem” não seja superior. Mas quando uma CPI resolve convocar 51 pessoas e ainda quebrar os sigilos fiscais, bancários e telefônicos de 36 pessoas físicas e jurídicas, que por serem parentes, amigos ou colaboradores de um contraventor, passaram a formar uma grande quadrilha para levar o dinheiro do povo brasileiro para as contas de um bando de políticos que se locupletavam sem a menor cerimônia e deixa de fora das investigações gente que está atolada até o pescoço de fora, quelquer ser pensante fica com a pulga atrás da orelha.

E o que chama atenção no momento mesmo, é que apesar dessa enorme lista, os “safardanas” que formam essa CPI, deixaram de fora exatamente o dono da “Delta”, Fernando Cavendish, e ainda os três governadores que estão em todos os noticiários como beneficiários dos roubos efetuados pelo “Carlinhos Cachoeira”, hoje um dos maiores ladrões do dinheiro do povo. Por ordem de periculosidade, o Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, o Marconi Perillo, governador de Goiás, e o Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, deveriam se os primeiros a responder as perguntas da comissão, mas isso se estivéssemos diante de uma CPI honesta.
  
Como isso não aconteceu, está mais que provado que tudo foi feito para “blindar” os governadores e tanto é verdade, que entre os convocados está o sobrinho do Cachoeira, Leonardo Ramos, para explicar porque pagou pela compra de uma casa para o Marconi Perillo. Mas o Perillo nem pensar em convocar.

Também entre os convocados está o pai do “contraventor bandido”, servidores e ex-servidores do governo de Goiás e do Distrito Federal. Mas os governadores, aqueles que mais levaram vantagem, esses nem de longe foram lembrados.

Quanto ao Sérgio Cabral, uma das pessoas mais ligadas ao Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, que é a campeã em obras pelos Estados da Federação, sejam obras federais, estaduais ou municipais, não podemos negar que no Rio de Janeiro ela se transformou em imbatível. Só pelo modo como as coisas se apresentam, esse Cavendish tem que ser um dos “sócios” do Carlinhos Cachoeira. É só olhar como os laços de fraudes se entrelaçam e, lógico, enlaçando totalmente o Sérgio Cabral nessas falcatruas.

Sem querer lembrar, mas já lembrando o Sérgio Naia, aquele empresário político e “trapalhão”, quando ele, como empresário, construiu na Barra da Tijuca o condomínio residencial Palace II e o prédio desabou, foi o fim da carreira do empresário e do político. Mas como o Fernando Cavendish é o dono da Delta, aquela construtora que “ganha” todas as obras para construção dos prédios do Judiciário no Rio de Janeiro, a “lamina 3” do complexo Judiciário ali no Castelo, centro do Rio, está tendo problemas estruturais e tudo bem. Se você passar pelo local, preste muita atenção, porque o prédio está todo escorado em todo o seu entorno, o que prova que algo de errado está acontecendo. Por isso, é bom evitar passar por perto. Vai que cai.


Mas esses indivíduos não foram convocados e pelo modo como a coisa vai, não serão nem citados, afinal, a maioria que faz parte da CPI é tão “safada” quanto esses “bandidos quadrilheiros”.

Falei e ponto final.           







2 comentários:

Carlos José Ribamar disse...

Os interesses dos aliados é muito grande em não deixar a merda respingar nos governantes maiores, Lula e Dilma. Por isso é preciso que nada caia sobre Sérgio Cabral e todo e qualquer mmbro de partido aliado.
É a farra daqueles que nunca imaginaram chegar ao governo.
São Luiz

João Leonardo Gouveia disse...

Enquanto não aparecer um maluco que decida por fim nesses roubos que são tramados pelos políticos, sejam eles governantes ou não, e empresários bandidos que só pensam em roubar o dinheiro do povo, vamos continuar com blindagem naqueles que interessam aos membros do governo. E é neste caso que estão esses governadores do PT e do PMDB, Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral e ainda o 'laranja' do Cachoeira, Fernando Cavendish. Sim, porque ninguém vai conseguir me convencer que o dono da Delta não é o Carlinhos Cachoeira.
O governo, conhecendo toda a trama, está tratando de montar o esquema para salvar a todos. É só ver que o ministro do Lula, Márcio Thomaz Bastos, é o responsável por tudo que será dito ou não nos depoimnentos do Cachoeira.
Goiânia