Condenação de empresa

Gerson Tavares

 

Realmente não estamos vivendo num País sério. Quando contam tantas piadas de português por aí, esquecem que a maior piada quem fez foi o próprio português, quando descobriu o Brasil. Aliás, eu sempre digo que Pedro Álvares Cabral não descobriu o Brasil e sim, deu o primeiro golpe de estado e tomou o governo do cacique e ainda comeu as índias.  

Mas voltando aos políticos de hoje, ficou resolvido que “desvio de verbas públicas deve levar á condenação de empresas”. Isso virou manchete de jornal e até parece que é verdade porque logo a seguir vem aquela informação de que a Comissão da Reforma do Código Penal aprovou a mudança, já que hoje só pessoa física é punida.

Mas em que País os membros dessa comissão estarão vivendo? Será que eles estão na terra? Sim, porque em qualquer lugar que eles estejam, tenho certeza que não é o Brasil, por tanto pode ser que estejam literalmente no mundo da lua.

Mas eles dizem que a condenação por crimes contra a administração pública como desvio de verbas poderão ser estendidas às empresas que deles participarem. Esta proposta já foi aprovada por uma Comissão de Juristas que foi criada pelo Senado para a discussão do novo Código Penal. Agora só falta ser debatida pelo pessoal da Casa.

Mas é aí que está a parte engraçada da piada, porque na maior "cara de pau" esses “juristas” dizem que “hoje”, só as pessoas físicas são condenadas por corrupção. As empresas nada sofrem além de multas e proibição de firmar novos contratos.

Aí eu fiquei curioso para saber quem são esses juristas que são grandes conhecedores daquilo que acontece nesse pobre País. Sim, porque para uma colocação dessas, que “só pessoas físicas são presas”, só eles conhecem esse Brasil da ficção. E foi na comissão que encontrei o nome de Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça.

Mas a coisa é tão séria que o Dipp se negou a dizer se a Delta se enquadraria nessa nova regra.

Não dá para acreditar em coisa séria com um humorista fracassado no elenco.