quinta-feira, 10 de maio de 2012


ClandesTur é coisa de maranhense

Gerson Tavares
 


Claro que essa “empresa de turismo”, só pelo nome, é coisa clandestina, mas só que ela existe no Maranhão, terra que pode tudo, desde que a família Sarney deixe. E é assim que os trabalhadores que precisam ganhar dinheiro estão recorrendo a esses “espertos” donos de “empresa de turismo” para procurarem trabalho no sudeste. São Paulo e Rio de Janeiro estão sendo o caminho de ida para a luta, mas na maioria das vezes é no retorno á sua terra que o maranhense encontra a paz.

Mas como eu ia falando, só na terra onde tem um Sarney pode acontecer esse tráfico de trabalhadores, aqueles que em seu torrão natal já não vêm mais esperança de sobrevida e então se aventuram na procura de um trabalho, embarcando em ônibus que para muitos tem um destino ignorado e também sem saber qual o trabalho fazer. Muitos foram para São Paulo para colheita da cana, mas esse trabalho está muito diminuído nos dias de hoje, porque já é feito quase que só por maquinário e então eles se prestam a qualquer trabalho para ganhar o sustento da família que ficou lá no interior do Maranhão, aquele mesmo Maranhão que o José Sarney teima em manter pobre e analfabeto.

De Coroatá, interior maranhense, o trabalhador embarca em ônibus velho que as “empresas de turismo” contratam, para viajar até as cidades do sudeste e do centro-oeste, para trabalharem principalmente na construção civil. “Minha casa, minha vida” é um desses projetos que o governo está fazendo e é lá para a cidade de Macaé, no Rio de Janeiro, que muitos estão embarcando para trabalhar em um desses “bairros pobres” que o governo faz. Mas enquanto obras sobem, os trabalhadores estão morando em alojamentos sem nenhuma infraestrutura e com uma alimentação precária, eles vão tocando a vida enquanto a obra não acaba. Quando chega ao fim aquele trabalho, se não houver outro de imediato, eles voltam a Coroatá e lá, junto da família, contam as agruras pelas quais passaram. Se antes, quando o nordestino migrava para o sul, ele vinha para ficar, hoje ele fica nesse vai e vem sem parar.

Por isso, logo que aparece outra oportunidade, lá está ele pronto para embarcar e para sul, lá vai novamente o forte nordestino na esperança de ficar e chamar a família.

Mas “ClandesTur”, só poderia ter no Maranhão. Porque onde tem um Sarney, lá está a clandestinidade. 

2 comentários:

José Ruppi disse...

MAS TEM COISA QUE SÓ ACONTECE POR AQUI. É EFEITO SARNEY, NÃO TENHAM DÚVIDAS.
IMPERATRIZ

Honório Dias Couto disse...

Pegou pesado com o sarney, mas a culpa é dele mesmo. Afinal, quem faz a cama, normalmente deita nela.
Depois de tanta sacanegem que ele e a família faz naquele estado, o que pensar do caso?
Mas minha terra não fica atrás em termos de sacanagem.
Alagoas