“Verdade brasileira” II
Gerson
Tavares
Ontem
falei dos casos e escândalos dos oito anos do governo Luiz Inácio e hoje
volto para falar dos mesmos itens, mas já no governo da Dilma Rousseff, que foi
imposta por Lula exatamente para encobrir tudo de errado que ele fez em seus
dois mandatos.
E a Dilma
não se fez de rogada e logo em seus primeiros seis meses de governo, mostrou
que estava preparada para dar seguimento aos desmandos do seu antecessor.
Logo de
cara dois ministros foram demitidos e outros dois trocaram de lugar. Dois se
safaram por muito pouco e outros dois ainda devem explicações.
Temos aí o
Antonio Palocci, que virou chefe da Casa Civil da Dilma, mesmo depois de ter
“sido saído” do governo Luiz Inácio por "ordenar" a quebra de sigilo bancário de
um simples caseiro. Pois foi nessa sua segunda investida no governo que então foi descoberto que ele comandava uma
consultoria bem-sucedida antes de ingressar no governo Dilma. Com um crescimento
patrimonial espantoso levantou suspeitas de que o braço-direito da presidente atuava
como lobista. Bem que ele tentou se explicar, mas com o aumento de bens tão
rápido que ele conseguiu, só roubando ou fazendo milagre e como ficou provado
que Palocci não é santo, ficamos com a primeira opção.
E assim a
Dilma ficou sem o seu o principal articulador político, naquele em quem ela
poderia confiar para garantir um desgoverno maior que o de seu antecessor.
Dilma viu que o barco estava fazendo água, se viu em apuros.
Já o Luiz Sérgio,
o seu ministro de Relações Institucionais, tinha “poderes” limitados. Dilma
Roussef sentiu que havia chegado a hora de defenestrar também este ministro,
mas tinha que evitar mais uma demissão naquele momento. Então ela preferiu colocar
aquele petista num ministério que nada fizesse e mandou o cara pescar. Luiz
Sérgio virou ministro da Pesca, enquanto a Ideli Salvati foi guindada para
relações Institucionais.
Passar pelo susto do Orlando Silva até que foi fácil, mas a paz
aparente durou pouco tempo. Durou só até
quando o Aloizio Mercadante, responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia,
também ficou exposto por uma revelação feita pela revista “Veja”. Mercadante,
mostrando o seu lado petista de ser, ordenou a compra do falso dossiê contra o
então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006. E para piorar a coisa, o fato também respingou
em Ideli Salvati. Ela, que era senadora, foi quem ajudou a espalhar o material
para a imprensa. Um trabalho sujo, próprio de um “bom petista” e que só veio explodir no governo Dilma.
Nesses
seis primeiros meses do governo Dilma, aconteceram ainda escândalos com o
Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, que também deixou o cargo depois
que revista “Veja”, sempre ela, revelou o funcionamento de um grande esquema de
corrupção na pasta. Dilma ainda protelou a demissão por quatro dias.
Com Pedro
Novais, o “ministro furunfador”, que havia aproveitado verba da Câmara dos
Deputados para custear uma farra coletiva em um motel de São Luís. Tudo bem que
depois que a mídia mostrou as “sacanagens do velhinho”, ele devolveu a grana,
mas ficou no cargo pelo tempo que teve forças para lutar. Pelo menos, parece
que ele conseguiu agora ser o “velinho propaganda” do “comprimido azul”.
Ao
empossar o ministro do Turismo, Gastão Vieira, em setembro do ano passado, a
presidente Dilma Rousseff tentou justificar a troca de Pedro Novais pelo
deputado federal. "Escolhas políticas não desmerecem nenhum governo".
Vieira e seu antecessor são do PMDB do Maranhão e apadrinhado do presidente do
Senado, José Sarney. Novais foi o quinto ministro a cair no primeiro ano do governo
Dilma, mas Sarney continua mandando.
Também aconteceram
episódios, que mesmo “cabeludos”, não chegaram a derrubar ministros. Ana de
Hollanda, da Cultura, a irmão do cantor e cabo eleitoral da Dilma, pegava verba
pública para pagar hotel todo final de semana que vinha par o Rio de Janeiro,
onde tem sua casa. Mas ela, na calada, devolveu o dinheiro e ficou no cargo. Mas o tão seguro do cargo, Luppi, não aguentou a pressão e deixou o Ministério do Trabalho pela porta dos fundos levando ao seu lado os presidentes das ONGs que ele organizou para "faturar um qualquer".
Falar do Fernando
Haddad em termos de escândalos é até covardia. Ele se sagrou o “campeão dos
trapalhões” e dizem até que se ele não conseguir nada nas eleições da cidade de
São Paulo, já tem emprego garantido na Globo, no programa do “Didi”. Ele que já
veio do governo Lula fazendo mil “cagadas”, manteve a média na nova gestão.
Defendeu a distribuição de um livro que ensina crianças a falar errado e se
contradisse ao tentar justificar a distribuição do chamado "kit-gay".
Com isso o Haddad queria dizer que para saber “sacanagem” não precisa saber
falar. É só saber fazer.
Os
escândalos foram muitos e o Brasil avançou pouco no primeiro ano de mandato
da presidente da República, Dilma Rousseff. Entre os “casos escandalosos”
tivemos a demissão do presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luis Felipe
Denucci. Isso acontecendo e o ministro da Fazenda, Guido Mantega fazendo
declarações "estapafúrdias" de que um partido político comandaria uma
área eminentemente técnica, que deveria ser preservada.
Existe
neste governo Dilma uma relação política do governo brasileiro com o governo
paraguaio que coloca os agricultores brasiguaios em uma situação temerária
diante de invasões e violência, isso muitas vezes, praticado sobre os olhos
complacentes de quem governa tanto o país vizinho como o Brasil.
Ao final
do primeiro ano de governo, muitas promessas de campanha não saíram do papel e
aquelas que saíram, estão distante de atingir as metas anunciadas. Não podemos
esquecer o leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e
Brasília na Bolsa de Valores, quando empresas, bem mais competentes, ficaram
fora da disputa.
Ficou
clara a intenção de beneficiamento para alguns. Até porque, a Dilma fez uma
campanha eleitoral e o fato marcante em sua vitória era exatamente que não faria
privatizações em seu governo e o que o brasileiro mais ouviu naquela campanha petista
foi a “demonização” das privatizações. E dizer que não é privatização o que
ocorreu é afrontar a a inteligência e a paciência das pessoas lúcidas desse
país.
Mas a
relação de escândalos continua e eu já estou de “saco cheio” de tanta
“sacanagem”. Todo dia você abre o jornal, liga a televisão ou ouve o rádio e lá
está alguém do governo envolvido em algum “caso” ou “escândalo”.
Estamos só
no primeiro semestre do segundo ano de governo e a Dilma já está atolada na
lama dos escândalos. Acho que é hora do povo acordar para que seja dado um
basta nesses desmandos daqueles que foram guindados ao governo para trabalhar
pelo povo.
Então chegou a hora de se explicar. Será que a “dona” Dilma Rousseff pode
dizer o que vem acontecendo dentro desse governo que vive atolado na lama dos
escândalos?
Se der, “dona Dilma”, use desta vez a televisão, aquela mesma que a senhora
sempre usa para enaltecer coisas chulas, para falar o que a senhora está
fazendo contra a corrupção. Esta mesma corrupção que ataca a Eduacação e a
Saúde do povo. Agora mesmo temos este caso escabroso que acontece nos hospitais
públicos e o povo morrendo sem atendimento. Mas “dona” Dilma, não me venha com
desculpas de que não sabia, que nunca tinha tomado conhecimento dos fatos, que
não ouviu falar, porque quase tudo que acontece, acontece alí, ao seu lado,
parede com parede.
Mas sei que a senhora está muito mais preocurada com a “Comissão Verdade”
por pura vingança. Mas use essa a comissão e procure ver os crimes que estão
sendo praticados hoje. Quando os “crimes” aconteceram contra aqueles que
estavam na luta contra o governo militar, todos estavam procurando sarna para se coçar, mas agora, os brasileiros só estão
procurando viver melhor e vocês, do governo, teimam em não permitir.
E tenho dito.
Um comentário:
Do modo como a coisa vai, escãndalos do governo Dilma ainda são muito poucos para enumerar. Espere no início do quarto ano, quando as eleições estiverem chegando, como vai ser. Aí é que ela vai soltar os bichos.
Brasília
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