Câmara
aprova projeto
que endurece Lei Seca
Gerson
Tavares
Foi aprovado na
quarta-feira na Câmara dos Deputados um projeto que amplia a possibilidade de
provar que o condutor de veículo está sob efeito do uso de álcool no âmbito da
lei seca. A proposta ainda dobra o valor da multa e eleva para R$ 3,8 mil a
penalização no bolso em caso de reincidência dentro de 12 meses. O projeto
segue para o Senado Federal.
Mas pelo que deu para
notar esta votação na Câmara foi nada mais, nada menos, que uma reação à decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que no mês passado, disse só ser possível punir o
motorista se houver comprovação do consumo de álcool por meio de exame de
bafômetro ou de sangue.
A intenção do texto
aprovado na Câmara é permitir que condutores que se recusarem a fazer estes
testes também possam ser enquadrados e punidos criminalmente. A proposta prevê
o uso de vídeos, prova testemunhal e "outros meios de prova em direito admitidos"
como forma de comprovar a condução de veículo com a "capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência".
A multa para quem
dirigir embriagado e que tem hoje um valor R$ 957,70 passa para R$ 1.915,40. A
multa pode chegar a R$ 3.830,80 em caso de reincidência em um período de doze
meses. A Câmara optou por não discutir possível aumento de pena porque isso
poderia inviabilizar a votação. Mas ninguém fala em prisão para o motorista assassino.
Será que é porque multa sempre rende um dinheirinho para outras coisas e a prisão não rende?
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, acompanhou a votação. Para ele, a mudança é importante para
fortalecer a lei seca. "Apertar a lei seca e a fiscalização pode salvar
vidas e reduzir o número de pessoas que ficam com deficiência por causa de
acidentes".
O ministro destacou
ainda que a mudança permitirá que o crime de dirigir embriagado seja analisado
como qualquer outro crime. Mas em momento algum Padilha falou em usar bafômetro
descartável.
Sim, porque usar vídeos, prova testemunhal para provar que o motorista está sem condições de dirigir, tudo bem, mas quanto ao bafômetro
usado hoje eu tenho minhas dúvidas se é lícito o uso.
Este bafômetro que as polícias usam por aqui hoje em dia, podem transmitir doenças as mais variadas. Só é descartável do atual modelo o bocal e as
bactérias sopradas pelos motoristas ficam no interior do bafômetro.
Será que não seria hora do doutor
Padilha olhar com olhos de médico para esse “enorme” detalhe?
Eu converso com muita
gente sobre este fato do bafômetro e uma grande maioria dessas pessoas não bebe
nada de álcool, mas na hora que falo no bafômetro o medo é o mesmo. Ninguém
está a fim de pegar alguma doença por soprar um bafômetro que é usado por
centenas de pessoas durante uma noitada inteira de blitz e ninguém sabe quem soprou naquele “cachimbinho da mal”.
Não é quem colocou a boca no bocal que foi
trocado e sim quem soprou seus males para dentro daquele aparelho que é usado
sem nenhuma higiene.
Por tanto senhores
deputados, senhores senadores, senhor ministro da Saúde, vamos colocar na lei
que os bafômetros terão que ser descartáveis. O motorista recebe em um
invólucro lacrado o aparelho, ele abre sopra e não sendo flagrado alcoolizado,
recebe o seu bafômetro e leva como prova de cidadania.
Desculpem senhores, mas antes disso, da troca dos bafômetros, eu
considero essa lei um modo de arrecadação ilícita.
2 comentários:
Est´aí um fato que muita gente ainda não pensou, mas esse aparelho pode meso transmitir doenças. Claro que as bacteriasficam no seu interior. O bocal é só o comndutor da doença para o aparelho, mas as doenças ficam e podem ser passadas às outras pessoas.
Se existe o descartável, por que não usar?
Isso seria prova de respeito pela saúde do cidadão, por parte do Ministério da Saúde.
Curitiba
É uma coisa que ninguém está pensando, mas que pode ser muito perigoso mesmo. Um bafômetro descartavel não é tão mais caro que esse eles usam, por tanto, vamos lá.
"Bafômetro Descartável Eu Apóio!"
São Paulo
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