sexta-feira, 8 de maio de 2015

TRAFICANTE VIRA VÍTIMA

Gerson Tavares
 



A história do segundo brasileiro fuzilado num “paredón” lá na Indonésia serve como alerta para esses “bandidinhos tupiniquins” que saem daqui do Brasil para traficar em países que não suportam esse crime que também para mim, é hediondo.

Mas como nem todo mundo encara a verdade do castigo aos ”bandidos” como um corretivo que poderia ser a solução para acabar ou pelo menos minorar este problema que é o vício, de uns tempos para cá aqueles que fazem seus o protagonismo que é contar a história de vida de "vítimas", estão se movimentando para “liberar geral” e acabar de vez com a família brasileira. Hoje em dia, membros da chamada “nova classe média”, que se sentem “vítimas” por não poderem usar suas drogas com a "liberdade" que querem, mas que de fato, para mim não passa de “libertinagem”, já podem ter suas histórias de vida relatadas na grande mídia. E os relatos são “emocionantes” como se “bandidinhos” fossem realmente “vítimas”.

E entre tantos relatos encontrei esse que me deixou boquiaberto: “Há 13 anos um meu aluno foi chacinado no Morumbi. Era perto de uma biqueira numa favela não pacificada, como se diz. Ganhou páginas e páginas nos então quarto maiores jornais do país. Levantei os dados: naquele dia, nove rapazes que regulavam com a idade do universitário, tinham sido chacinados na mesma noite. Mas só ele mereceu história de vida”. Claro que isso aconteceu porque esse “bandidinho” era da tal “nova classe média”.

Mas ninguém se lembra de falar que o Brasil é o país com o maior número de homicídios no mundo, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra. De cada 100 assassinatos no mundo, 13 são no Brasil.

O Brasil é o líder no ranking. O governo brasileiro informou 47 mil homicídios em 2012, mas a OMS estima que o número real tenha sido muito superior: mais de 64 mil homicídios. Depois do Brasil aparecem Índia, México, Colômbia, Rússia, África do Sul, Venezuela e Estados Unidos. A OMS calcula que no Brasil a cada 100 mil pessoas, 32 sejam assassinadas.

Na outra ponta da tabela, com os menores índices de homicídio por habitante, em 1º lugar vem Luxemburgo, depois Japão e em seguida Suíça, empatada com Cingapura, Noruega e Islândia.

De acordo com o levantamento, uma em cada quatro crianças sofre agressões, uma em cada cinco meninas é abusada sexualmente e uma em cada três mulheres já foi violentada pelo próprio parceiro. Mas esses números não tocam o coração do brasileiro.

Mas o segundo brasileiro que foi parar no “paredón” da Indonésia, esse é assunto que assusta a “nova classe média”.  Afinal, o brasileiro quer até mudar as leis do mundo para salvar os “bandidos” que partem daqui para fazer dinheiro com suas drogas no exterior.

Agora estou esperando assistir a Dilma, homenageando o segundo “bandido” fuzilado, já na próxima reunião na ONU.

Pois para mim, Dilma, “bandido não é bom nem morto”!


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