PT PODE FECHAR AS PORTAS
POR CONTA DA LAVA JATO
Gerson Tavares
Quando uma
pessoa não tem o tino comercial a tendência é a falência bater à sua porta, mas se
isso acontecer ele não pode culpar ninguém, afinal, foi ele que não soube ser
“dono do negócio”. Mas quando o “dono do negócio” entrega em confiança a um
gerente a “direção do negócio”, o erro é do gerente, mas a responsabilidade é
do dono que não tomou conta daquilo que é seu.
Pois é
exatamente o que vem acontecendo com o “partido dos traidores”, aquele que por
acaso o velho e maquiavélico Golbery do Couto e Silva bolou ser o Partido dos
Trabalhadores. Quanto ao fato de falar em Golbery, qualquer dia eu falo desse
assunto que para muitos ainda é um grande segredo.
Mas voltando
ao “partido dos traidores”, tem muita gente do Partido dos Trabalhadores temendo
que ele venha a ter que fechar suas portas por conta das investigações da
Operação Lava Jato. A cúpula petista teme que as ações dos investigadores
“inviabilizem” o funcionamento do partido e até mesmo, que as tais
investigações possam levar à cassação do registro da legenda.
A situação
que já era considerada crítica pela cúpula petista antes mesmo da prisão de João
Vaccari Neto, que era o seu tesoureiro, hoje já existem pessoas ligadas ao
partido que acreditam que a operação fará com que o partido sofra sanções
financeiras a fim de ressarcir os cofres públicos. E se isso acontecer, o
partido não terá como pagar, já que todo o dinheiro que o partido meteu a mão com
os desvios da Petrobras e também de outros roubos, já foi devidamente dividido pelas
contas bancarias da “quadrilha petista”.
Até porque o
valor da multa deverá girar em torno do correspondente ao citado por Pedro
Barusco, ex-gerente da Petrobras, que garantiu ter passado ao PT e a Vaccari
uma “grana preta”. Barusco falou tudo durante depoimento em delação premiada e
na ocasião, o ex-funcionário da estatal afirmou que o partido recebeu, entre
2003 e 2013, entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. “Grana preta” ou não?
Claro que a
preocupação do PT se dá pela falta de recursos que a eventual multa geraria ao
partido. Só para comparar, o fundo partidário petista arrecadou em 2014 a casa
dos R$ 25 milhões, o que é um valor muito inferior ao da possível multa. A
tática para se livrar da multa seria afirmar que os recursos de todos os
partidos vinham das construtoras investigadas, fazendo com que todos também
recebessem multa.
Isso seria um “golpe baixo”, mas como bandido não tem ética, tudo será possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário