quarta-feira, 27 de maio de 2015

LOBO MAU AINDA VAI
 PEGAR A DILMA

Resultado de imagem para foto do ministro edison lobão







Depois que o Lobo Mau comeu a vovozinha, tratou de deitar na cama e esperar a Chapeuzinho Vermelho para fazer o trabalho completo. E agora já tem gente achando que quem vai “dançar" nessa nova história do lobo mau vai ser a Dilma. O senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, que quando o Zé Sarney deixa é o manda chuva do PMDB maranhense, está sendo apontado como suspeito de ser sócio oculto de um grupo de empresas sediado nas Ilhas Cayman, que é um conhecido paraíso fiscal caribenho.

Foi aberto um inquérito na Justiça Federal em São Paulo e que foi encaminhado em fevereiro deste ano ao Supremo Tribunal Federal para apurar a eventual participação do senador na holding Diamond Mountain (em português, Montanha de Diamante), voltada, no Brasil, para a captação de recursos de fundos de pensão de estatais, fornecedores da Petrobrás e empresas privadas que recebem recursos de bancos públicos, como o BNDES, aliás, áreas de total influência do PMDB.

Lobão, que comandou a pasta de Minas e Energia nos governos Lula, de 2008 a 2010 e Dilma de 2011 a 2014, é investigado sob suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, conforme consta no inquérito encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso. E como os “bandidos do governo petista e Cia/ltda” não para de delinquir, o ex-ministro também é alvo da Operação Lava Jato, sob suspeita de ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobrás, empresa vinculada à pasta de Minas e Energia.

O inquérito Diamond Mountain foi aberto a partir de declarações de um ex-sócio que se diz lesado por outros dirigentes do grupo. Aos investigadores ele contou que Lobão se associou a holding de forma oculta entre 2011 e 2012, já no período da “vovozinha Dilma”. O ex-ministro seria representado nas empresas pelo advogado maranhense Marcio Coutinho, que foi secretário de articulação política da campanha derrotada de Lobão Filho, que foi candidato do PMDB ao governo do Maranhão em 2014 e advoga para ele no Supremo.

Em um dos depoimentos, o ex-dirigente da Diamond Mountain diz que Coutinho e seu colega de escritório, Vinícius Peixoto Gonçalves, tinham reuniões semanais com sócios do grupo em São Paulo para "acompanhar o negócio em nome do ministro Lobão". A banca de Coutinho chegou a ter uma sala no mesmo prédio da Diamond.

A holding está registrada em Cayman e no Brasil em nome do advogado Marcos Costa e do empresário Luiz Alberto Meiches. Os dois são alvos de inquérito aberto em São Paulo que trata do mesmo assunto. No caso de Lobão, a investigação foi remetida ao Supremo porque, como senador, ele tem prerrogativa de foro.

Claro que o Lobão nega participar da sociedade e diz desconhecer a investigação no STF. Ele confirmou ter recebido Costa e Coutinho uma única vez no ministério para tratar de "assuntos relacionados ao setor energético". A audiência, contudo, não constou da agenda oficial. Ex-funcionários da holding no Brasil disseram ao Estado, sob a condição de anonimato, que eram frequentes as conversas dos sócios com Lobão, quando ele ainda chefiava a área de energia do governo federal. No dia a dia do grupo, o então ministro era tratado por "Big Wolf" e "Tio". O grupo Diamond também atua na compra e venda de empresas, operações de seguros e no mercado imobiliário.

A empresa é gestora de fundos de investimento e prospecta recursos de fornecedores da Petrobrás e entidades de previdência como Petros (Petrobrás), Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Núcleos (Eletronuclear).

O Postalis, de funcionários dos Correios, tem R$ 67,5 milhões no Fundo de Investimento em Participações Mezanino Diamond Mountain Marine Infraestrutura, gerido pela Diamond desde 2014. Adivinha se o Lobão tem indicados em duas diretorias da entidade?


Nenhum comentário: