NEM "MINHA CASA" SERÁ POUPADO
Gerson Tavares
Hoje resolvi
falar de contingenciamento que deverá ser na casa dos R$ 80 bilhões no Orçamento de 2015,
segundo sugestão e ordem do Ministério da Fazenda e que certamente incidirá sobre
investimentos e não poupará programas prioritários, obrigando o governo a rever
metas.
E assim
sendo, uma das principais vitrines das gestões petistas, o projeto “Minha Casa
Minha Vida”, também deverá ser atingido pelo congelamento de despesas, que visa
o cumprimento da meta de superávit primário. Mas muitos dos quase 50 ministros estão incomodados e até inconformados com a severidade do bloqueio
previsto. Eles não querem saber dessa medida de tantos “cortes” e até já estão
propondo salvar suas pastas dessa paralisia que se apresenta, mantendo assim as
ações essenciais. Claro que não é por atigir as pessoas que precisam e sim, porque eles perderão esse planque que só compram votos.
Quanto a Dilma, ela já não
sabe o que fazer e cada vez que teve reuniões com os titulares da junta
orçamentária para debater o tamanho do contingenciamento, não tinha como
segurar a faxina que precisa ser feita.
Os ministros precisam
a todo o momento analisar o peso das modificações promovidas pela Câmara nas
medidas provisórias do ajuste fiscal e trabalharão com possíveis cenários para
a votação, pelos deputados, da revisão da política de desoneração da folha.
Mas o que
mais assusta a Dilma e sua “quadrilha ministerial” é o impacto que poderá
derrubar o projeto “Minha Casa, Minha Vida” que será afetado no ritmo de
assinaturas de novos contratos previstos na terceira fase do programa, promessa
de campanha que Dilma andou até outro dia cantando vitórias no Rio de Janeiro. Então
ela precisa garantir a prioridade deste ano que seria preservar os contratos em
vigor, só que pelo modo como a coisa vai, não haverá dinheiro suficiente nem para
a metade da promessa.
Um "reserva titular" da Esplanada afirmou que "o governo vai cumprir a promessa de manter os
programas sociais, mas será necessário revisar metas, que não deverão ser
implementadas na intensidade e velocidade do primeiro mandato". Será que
essa queda na meta de trabalho não é o mesmo que falar que a promessa não
será cumprida?
E como o Levy
não perdoa, além do contingenciamento de despesas, o ministro da Fazenda
pressiona e ataca com aumentos em taxas de juros de algumas linhas de crédito
subsidiadas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.
E já que é
para pegar pesado, na área de transportes, a expectativa é de que o pacote de
concessões a ser anunciado alivie o impacto dos cortes em construções de novos
trechos rodoviários e ferroviários. O Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (Dnit) e a Valec, responsável pelas ferrovias, terão que dividir R$
12,461 bilhões para construção, adequação e manutenção de estradas e trilhos,
pela previsão orçamentária inicial. Uma fonte da área disse não ser possível
prever que projetos serão afetados, mas os gastos de manutenção de vias devem
ser mantidos.
Se for só
para garantir os 30% dos dividendos, nada mudará, já que nos últimos tempos, obras em estradas só servem para garantir o saldo das contas bancárias dos “quadrilheiros
governamentais”.
Então, nada
irá mudar e o povo continuará pagando a conta.
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