sexta-feira, 8 de maio de 2015

ASSIM O BNDES VAI FALIR
 

Olhando aonde vai o dinheiro que é nosso, já que o BNDES é um banco público, levantei os “empréstimos sem volta” que estão acontecendo nos dias “petistas” em que vivemos.

Em 2012 Angola e Cuba receberam US$ 875 milhões do nosso Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que é exatamente o BNDES, e os empréstimos do banco às empresas investigadas na Lava-Jato, somam R$ 2,4 bilhões. Esse dinheiro foi e nunca mais irá voltar.

Já em outra "doação", Luciano Coutinho, que é o presidente do BNDES, diz que os empréstimos bilionários feitos à empresa Sete, construtora de sondas para a Petrobras, foram absolutamente técnicos, e não políticos. E se o BNDES empregou critérios “técnicos” na distribuição da “grana”, podemos até considerar que o BNDES empregou critérios “também técnicos” para emprestar grana a um grupo que é responsável pelo maior massacre da história do Chile.

Mas pelo que dá para notar, nem todo mundo entende assim a coisa e então, Carlos Aldana, ministro especial para causas de direitos humanos, da Corte de Apelações de Concepción resolveu que irá formalizar acusação de genocídio contra a CMPC, maior conglomerado de papel celulose da América Latina. A CPMC é do grupo Matte, que é acusado de entregar aos Carabineros, que é a Policia Militar do Chile, uma lista com nomes de operários, estudantes e ferroviários que foram fuzilados por Pinochet.

É bom dizer que o grupo Matte é o terceiro patrimônio empresarial do Chile, alguma coisa na casa dos US$ 7,5 bilhões. Pois em 2013 o Matte levou do BNDES um crédito de US$ 1,2 bilhão (total de US$ 2 bilhões). Tudo para a quadruplicação, em Guaíba, da fábrica Borregard, hoje CMPC-Celulose Riograndense. O dinheiro mais uma vez foi, mas voltar? Jamais.

E vocês sabem quem cantou a vitória por esse empréstimo? Sabe quem cantou vitória sobre esse empréstimo, como ninguém? Nada mais, nada menos que o ex-governador gaúcho Tarso Genro, ex-ministro da Educação, das Relações Institucionais e, por fim, da Justiça, quando do governo Lula. Tarso disse que estava comemorando que a obra iria gerar sete mil postos de trabalho, em sua consecução, e 2,5 mil empregos depois que a fábrica ficar pronta, agora no segundo semestre de 2015.

Pois é por aí vamos correndo o dedo pelo rosário de crimes dos petistas. Mas eu não poderia deixar de falar que o BNDES deu US$ 1,2 bi a uma empresa a ser julgada pelo maior massacre operário da ditadura chilena.

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