PETROBRAS VIRA
'ASSISTENTE'
Depois do
golpe, vem a “tabua de salvação” e a Petrobras assume o papel de “assistente”
do Ministério Público Federal na acusação aos réus da Operação Lava Jato. Como
ela foi reconhecida pelo juiz federal Sérgio Moro como vítima do cartel de
empreiteiras que tomou o controle de contratos bilionários para distribuição de
propinas a políticos, a estatal ingressou nas ações criminais da Operação Lava
Jato com pedido de habilitação como assistente do Ministério Público.
Isso quer
dizer que a Petrobras saiu do posto de "observadora passiva" nos
autos para ficar ao lado da acusação contra empreiteiros, lobistas e seus
ex-diretores que estão presos, entre eles Nestor Cerveró (Internacional),
Renato Duque (Serviços) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento).
"A Petrobras
tem acompanhado, na qualidade de interessada, todos os procedimentos criminais
derivados da Operação Lava Jato, nas quais se investigam desvios milionários
dos seus cofres e prejuízos patrimoniais consideráveis", dizem os
advogados René Dotti e Alexandre Knopfholz, constituídos pela estatal.
Em suma, a
Petrobras vai acabar ainda saindo de vítima desse imbróglio todo. Os advogados
observam que a Petrobras tem auxiliado a Justiça Federal, o Ministério Público
Federal e a Polícia Federal na investigação de desvios, "prestando todas
as informações solicitadas, realizando diligências e colaborando com o bom
andamento dos trabalhos".
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