quarta-feira, 13 de maio de 2015

A DENGUE ESTÁ AÍ?
ENTÂO VAMOS DEIXAR
O POVO MORRER

Gerson Tavares
 








Todos sabem que a epidemia de dengue de 2015 é a maior que já passou por aqui. O Brasil está em seu pior momento em todos os seguimentos quando a dependência de solução está nas mãos do governo. E como Saúde é um dos seguimentos que mais depende da política, o povo está “nas mãos do capeta”.

E na maior naturalidade o ministro da Saúde, Arthur Chioro, mas que muito bem poderia ser “Chimerda” admitiu que o Brasil está vivendo uma grande epidemia de dengue, mas como tudo que depende “deles”, já descartou a possibilidade de fazer alterações nas estratégias para combater a doença. Isso sempre acontece quando você não sabe a solução e não tem a humildade de recorrer a quem possa ter a solução.

Valendo-se de um discurso de "compartilhar os desafios de controlar a dengue", “Chimerda” evitou responsabilizar individualmente a esfera de governo e resolveu atribuir ao cidadão comum, o povo, a culpa pelo aumento no número de casos da doença.

Mas a realidade foi publicada no jornal “O Estado de S.Paulo”, onde estava lá, para quaquer pessoa ler que a taxa de incidência nacional já chega a 367,8 casos por 100 mil habitantes, taxa essa que é considerada epidêmica segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em cerca de 34 minutos de entrevista coletiva o ministro foi questionado três vezes se o País vivia ou não uma situação de epidemia. O “cara de pau” em primeiro momento negou, mas ao ser confrontado pelos dados, o “safardana" tratou de voltar atrás em seu posicionamento.

Disse o ”Chimerda”: "Nós temos 745.957 casos até o dia 18 de abril e sabemos que esse número aumentará”. Mas no fundo, nós queríamos mesmo que ele contasse uma novidade, até porque o Brasil vive uma situação de epidemia, quer queiram ou não. A situação ainda tende a se agravar porque o pico da doença acontece a partir da segunda quinzena de abril, além das primeiras semanas de maio, números esses, que ainda não foram contabilizados. Apesar da situação, o ministro deixou claro que não deve adotar medidas emergenciais para conter a doença e tentou minimizar o problema: "Isso não muda absolutamente nada o plano de contingência e a estratégia de controle". E é aí que eu pergunto: "Quem manda a Dilma não saber escolher seus ministros?".

De acordo com o auxiliar de saúde da Dilma, sete Estados brasileiros, que "claramente estão em critérios de situação epidêmica", puxam o índice para cima. São eles: Acre (1.064,8 casos por 100 mil habitantes); Goiás (968,9); Mato Grosso do Sul (462,8); Tocantins (439,9); Rio Grande do Norte (363,6); Paraná (362,8), além de São Paulo, que é o terceiro lugar no ranking nacional, com 911,9 casos de dengue por 100 mil habitantes.

Mas sempre procurando uma desculpa, o Chioro, que de "oro" não tem nada, diz que o aumento dos casos neste ano está associado a condições climáticas, além do agravamento da crise hídrica e do "relaxamento" de alguns locais após a diminuição de casos da doença em 2014. "De certa forma, em algumas localidades, os resultados do ano passado fizeram com que se desarmasse a mobilização da sociedade em algumas ações", disse o ministro. "Apenas três Estados - Espírito Santo, Amazonas e Distrito Federal - tiveram diminuição do número de casos em relação a 2014."

E para completar sua “defesa”, o “safardana” soltou mais essa “desculpa esfarrapada”: "Nós precisamos aprender cada vez mais como mobilizar a sociedade. No caso da dengue, enquanto não houver vacina, não podemos desarmar as nossas ações de prevenção mesmo após um ano de resultados excepcionalmente bons".

Mas quem tem obrigação de manter a mobilização não é o Ministério da Saúde? Então, enquanto essa mobilização não acontecer, vamos colocar o ministro da Saúde na cadeia.

E já que ele foi colocado no cargo pela presidente Dilma, não custa colocar os dois juntinhos na "tranca". 



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