CURSO FUNDAMENTAL
Sempre que uma
criança entra no curso fundamental, os pais ficam torcendo para tudo de bom
seja absorvido pelo aluno e assim consiga seguir seus estudos com o melhor
aproveitamento. Por que estou escrevendo isso? Vocês devem estar pensando, mas
eu vou explicar.
Na política o "curso fundamental" é exatamente feito na "Câmara dos Vereadores". É ali que o
político se mostra aos eleitores, se vai ser um bom ou mau legislador. E foi
vendo um vídeo de uma entrevista do vereador Odilon Rocha Sanção, do SDD, de Parauapebas,
no Pará, que eu cheguei a triste conclusão que estamos no pior caminho da
política.
O Odilon causou
polêmica na sessão do dia 24 de abril, quando, na “maior cara de pau” falou que
o salário de R$ 10 mil é "insignificante". A princípio achei que ele
estava falando do “salário mínimo do Brasil”, mas depois entendi que o edil, da
tribuna da Assembleia Legislativa, questionava o salário dos
vereadores e disse que, "se não for corrupto, ele (falando, claro, dele, vereador)
mal se sustenta".
E ele seguiu
em seu pensamento: “Eu nunca tinha pensado na minha vida e eu pensei seriamente
se vale a pena ser vereador ou se não vale a pena. Gente..., tem coisas que é
insignificante em função da outra (sic). O valor que o vereador ganha aqui, se
ele não for corrupto, não tenha nenhuma dúvida que ele mal se sustenta durante
o ano, durante o mês”.
O vídeo com
as declarações de Sanção, que cumpre seu quinto mandato como vereador, rodou
pelas redes sociais e foi alvo de reclamação de moradores da cidade.
Os vereadores
de Parauapeba recebem o valor bruto de R$ 10.013, o que equivale a 12 salários
mínimos. Somando os proventos brutos às ajudas de custo mensais, como verba
para despesas com combustível (R$ 2.800) e telefone (R$ 1.000), o salário chega
a R$ 13.813, ou nada menos que 17 salários mínimos. Os políticos ainda têm
direito a uma caminhonete alugada pela Câmara e diárias para viagens, que
variam de R$ 300 a R$ 800 por mês.
E depois da
onda de reclamações e acusações da população, Odilon Sanção tentou se explicar,
mas como ele só vê cifrão à sua frente voltou a dizer que, com o salário,
"mal dá para sobreviver":
E assim ele
colocou: - “O vereador, para sobreviver com o salário de R$ 7.800 (que é o valor
depois dos descontos) aqui dentro desta casa, com o padrão de vida que depois
de eleito ele tem e não é só eu, a gente dá mal para sobreviver”.
E ninguém deu
voz de prisão ao “aprendiz de bandido?”. Será que por ele ser vereador é
considerado “dimenor”?
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