terça-feira, 12 de maio de 2015

CURSO FUNDAMENTAL







Sempre que uma criança entra no curso fundamental, os pais ficam torcendo para tudo de bom seja absorvido pelo aluno e assim consiga seguir seus estudos com o melhor aproveitamento. Por que estou escrevendo isso? Vocês devem estar pensando, mas eu vou explicar.

Na política o "curso fundamental" é exatamente feito na "Câmara dos Vereadores". É ali que o político se mostra aos eleitores, se vai ser um bom ou mau legislador. E foi vendo um vídeo de uma entrevista do vereador Odilon Rocha Sanção, do SDD, de Parauapebas, no Pará, que eu cheguei a triste conclusão que estamos no pior caminho da política.

O Odilon causou polêmica na sessão do dia 24 de abril, quando, na “maior cara de pau” falou que o salário de R$ 10 mil é "insignificante". A princípio achei que ele estava falando do “salário mínimo do Brasil”, mas depois entendi que o edil, da tribuna da Assembleia Legislativa, questionava o salário dos vereadores e disse que, "se não for corrupto, ele (falando, claro, dele, vereador) mal se sustenta".

E ele seguiu em seu pensamento: “Eu nunca tinha pensado na minha vida e eu pensei seriamente se vale a pena ser vereador ou se não vale a pena. Gente..., tem coisas que é insignificante em função da outra (sic). O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, não tenha nenhuma dúvida que ele mal se sustenta durante o ano, durante o mês”.

O vídeo com as declarações de Sanção, que cumpre seu quinto mandato como vereador, rodou pelas redes sociais e foi alvo de reclamação de moradores da cidade.

Os vereadores de Parauapeba recebem o valor bruto de R$ 10.013, o que equivale a 12 salários mínimos. Somando os proventos brutos às ajudas de custo mensais, como verba para despesas com combustível (R$ 2.800) e telefone (R$ 1.000), o salário chega a R$ 13.813, ou nada menos que 17 salários mínimos. Os políticos ainda têm direito a uma caminhonete alugada pela Câmara e diárias para viagens, que variam de R$ 300 a R$ 800 por mês.

E depois da onda de reclamações e acusações da população, Odilon Sanção tentou se explicar, mas como ele só vê cifrão à sua frente voltou a dizer que, com o salário, "mal dá para sobreviver":

E assim ele colocou: - “O vereador, para sobreviver com o salário de R$ 7.800 (que é o valor depois dos descontos) aqui dentro desta casa, com o padrão de vida que depois de eleito ele tem e não é só eu, a gente dá mal para sobreviver”.

E ninguém deu voz de prisão ao “aprendiz de bandido?”. Será que por ele ser vereador é considerado “dimenor”? 

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