CAIXA PREPARA OPERAÇÃO
PARA SALVAR A ENERGIMP
O FI-FGTS,
fundo de investimentos em infraestrutura que usa parte do FGTS, aliás, dinheiro
do trabalhador, mas que é gerido pela Caixa Econômica Federal, para salvar certos defeitos que nada têm com o pobre trabalhador, e agora prepara
uma operação de salvamento da Energimp, geradora de energia que é controlada
pelo grupo argentino Impsa.
Saibam que há
cinco anos, o FI-FGTS desembolsou R$ 500 milhões para ter 45% de participação
na companhia de capital fechado, que tem parques eólicos no Ceará e em Santa
Catarina. Segundo o último dado disponível, as ações do fundo na empresa somam
R$ 523 milhões.
Essa entrada do
fundo na jogada, tinha o objetivo de dar fôlego para o ambicioso plano de investimentos do
grupo argentino no Brasil. Mas com a derrocada da Impsa, que chegou a declarar
calote à Comisión Nacional de Valores, que equivale à CVM, o FI-FGTS orquestrou uma solução para tirar o controle acionário da Energimp das mãos dos argentinos
e evitar a contaminação da empresa pela encrencada Wind Power Energia (WPE), a
outra empresa do grupo por meio da qual a Impsa fez os investimentos na
Energimp.
O jornal O
Estado de S. Paulo pesquisou e apurou que, o conselho de administração da
Energimp iria votar para tentar aprovar um aumento de capital na companhia. A
Impsa, que não pagou os seus credores, não terá condições de aportar mais
recursos na empresa. Então o FI-FGTS já decidiu aumentar a participação na
Energimp, que deve ganhar mais um investidor.
Já está tudo
certo para a entrada de uma empresa do setor que opera parques eólicos. Com os
novos aportes do fundo e desse novo sócio, os argentinos, que hoje são sócios
majoritários, perderão o controle acionário para os dois outros sócios.
O BNDES tem
nada menos que R$ 1,4 bilhão em financiamento de projetos nos quais a WPE
participa como a principal fornecedora de equipamentos. O banco declarou que
nem tudo foi desembolsado e que seus empréstimos estão suportados por outros
agentes financeiros, como a Caixa.
O jornal O
Estado de S. Paulo apurou que, a exemplo de outros credores, o BNDES também interrompeu
os financiamentos para esses projetos. Caberá à Impsa ainda dar um jeito em uma
dívida de R$ 955 milhões ligados a títulos de dívida (bonds) emitidos fora do
País.
Mas será que o povo brasileiro não vai ver o seu “rico dinheirinho” escorrendo mais uma vez pelo ralo?
Mas será que o povo brasileiro não vai ver o seu “rico dinheirinho” escorrendo mais uma vez pelo ralo?
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