quarta-feira, 13 de maio de 2015

CAIXA PREPARA OPERAÇÃO
PARA SALVAR A ENERGIMP
 
O FI-FGTS, fundo de investimentos em infraestrutura que usa parte do FGTS, aliás, dinheiro do trabalhador, mas que é gerido pela Caixa Econômica Federal, para salvar certos defeitos que nada têm com o pobre trabalhador, e agora prepara uma operação de salvamento da Energimp, geradora de energia que é controlada pelo grupo argentino Impsa.

Saibam que há cinco anos, o FI-FGTS desembolsou R$ 500 milhões para ter 45% de participação na companhia de capital fechado, que tem parques eólicos no Ceará e em Santa Catarina. Segundo o último dado disponível, as ações do fundo na empresa somam R$ 523 milhões.

Essa entrada do fundo na jogada, tinha o objetivo de dar fôlego para o ambicioso plano de investimentos do grupo argentino no Brasil. Mas com a derrocada da Impsa, que chegou a declarar calote à Comisión Nacional de Valores, que equivale à CVM, o FI-FGTS orquestrou uma solução para tirar o controle acionário da Energimp das mãos dos argentinos e evitar a contaminação da empresa pela encrencada Wind Power Energia (WPE), a outra empresa do grupo por meio da qual a Impsa fez os investimentos na Energimp.

O jornal O Estado de S. Paulo pesquisou e apurou que, o conselho de administração da Energimp iria votar para tentar aprovar um aumento de capital na companhia. A Impsa, que não pagou os seus credores, não terá condições de aportar mais recursos na empresa. Então o FI-FGTS já decidiu aumentar a participação na Energimp, que deve ganhar mais um investidor.

Já está tudo certo para a entrada de uma empresa do setor que opera parques eólicos. Com os novos aportes do fundo e desse novo sócio, os argentinos, que hoje são sócios majoritários, perderão o controle acionário para os dois outros sócios.

O BNDES tem nada menos que R$ 1,4 bilhão em financiamento de projetos nos quais a WPE participa como a principal fornecedora de equipamentos. O banco declarou que nem tudo foi desembolsado e que seus empréstimos estão suportados por outros agentes financeiros, como a Caixa.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, a exemplo de outros credores, o BNDES também interrompeu os financiamentos para esses projetos. Caberá à Impsa ainda dar um jeito em uma dívida de R$ 955 milhões ligados a títulos de dívida (bonds) emitidos fora do País. 

Mas será que o povo brasileiro não vai ver o seu “rico dinheirinho” escorrendo mais uma vez pelo ralo?

Nenhum comentário: