CINCO MESES DE SALÁRIO SÓ
PARA ACERTAR AS CONTAS
COM O GOVERNO
Parece piada,
mas não passa de uma realidade política brasileira. No ano de 2015, o
trabalhador brasileiro irá trabalhar 151 dias, dias esses que correspondem a
cinco meses completinhos, só para pagar impostos, taxas e contribuições ao
governo e assim ficar em dia com os cofres públicos. Já no ano passado, o
contribuinte destinou a mesma quantidade de dias para ficar quites com o Leão,
segundo dados do estudo “Dias Trabalhados para Pagar Tributos”, do Instituto
Brasileiro de Planejamento e Tributação.
Se compararmos
com as décadas de 1970 e 1980, o trabalhador brasileiro atualmente trabalha quase
o dobro de dias para cumprir suas obrigações. Nas épocas aqui dadas como exemplos,
eram dedicados, respectivamente, 76 e 77 dias de trabalho com esse objetivo.
João Eloi
Olenike, presidente executivo do IBPT, afirma que, assim como no ano passado, o
pagamento de tributos irá subtrair, em média, 41,37% do rendimento bruto do
brasileiro, percentual que em 2013 era de 41,10%.
Então, quando
perguntado ao coordenador de estudos, Gilberto Luiz do Amaral, ele coloca que é
importante que o brasileiro tenha consciência do que paga para poder cobrar de
seus governantes e políticos o retorno em serviços de qualidade.
Diz ele: “Além
de pagar os tributos embutidos no preço dos produtos e serviços que consome,
como ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, o brasileiro paga tributos sobre a
propriedade, como IPVA, IPTU e ITCMD; sobre o rendimento, como Imposto de Renda
Pessoa Física e Contribuição Previdenciária, e arca ainda com taxas e
contribuições de limpeza, coleta de lixo e iluminação pública”.
Olhando tudo
que foi mostrado em estudos, fica provado que as pessoas de classe média, que
possuem uma renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, são as que precisaram
trabalhar mais para ficar em dia com o governo. Ao todo, foram precisos 161 dias
de trabalho, além de comprometer o equivalente a 44,11% da renda com impostos e
tributos.
Já aqueles que recebem acima de R$ 10 mil comprometeram
42,19% da renda e trabalharam 154 dias, enquanto os que recebem abaixo de R$ 3 mil
trabalharam 143 dias e comprometeram 39,18% da renda.
Isso só vem
provar que o brasileiro tem mesmo é que ir para as ruas gritar, bater panela e
se mesmo assim nada conseguir, partir para uma revolta e se necessária, armada.
Não dá mais
para aturar tanta roubalheira e nós, os verdadeiros trabalhadores, pagarmos a
conta.
Pau na moleira
desses politiqueiros ladrões.
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