sexta-feira, 15 de maio de 2015

CINCO MESES DE SALÁRIO SÓ
PARA ACERTAR AS CONTAS
COM O GOVERNO







Parece piada, mas não passa de uma realidade política brasileira. No ano de 2015, o trabalhador brasileiro irá trabalhar 151 dias, dias esses que correspondem a cinco meses completinhos, só para pagar impostos, taxas e contribuições ao governo e assim ficar em dia com os cofres públicos. Já no ano passado, o contribuinte destinou a mesma quantidade de dias para ficar quites com o Leão, segundo dados do estudo “Dias Trabalhados para Pagar Tributos”, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

Se compararmos com as décadas de 1970 e 1980, o trabalhador brasileiro atualmente trabalha quase o dobro de dias para cumprir suas obrigações. Nas épocas aqui dadas como exemplos, eram dedicados, respectivamente, 76 e 77 dias de trabalho com esse objetivo.

João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT, afirma que, assim como no ano passado, o pagamento de tributos irá subtrair, em média, 41,37% do rendimento bruto do brasileiro, percentual que em 2013 era de 41,10%.

Então, quando perguntado ao coordenador de estudos, Gilberto Luiz do Amaral, ele coloca que é importante que o brasileiro tenha consciência do que paga para poder cobrar de seus governantes e políticos o retorno em serviços de qualidade.

Diz ele: “Além de pagar os tributos embutidos no preço dos produtos e serviços que consome, como ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, o brasileiro paga tributos sobre a propriedade, como IPVA, IPTU e ITCMD; sobre o rendimento, como Imposto de Renda Pessoa Física e Contribuição Previdenciária, e arca ainda com taxas e contribuições de limpeza, coleta de lixo e iluminação pública”.

Olhando tudo que foi mostrado em estudos, fica provado que as pessoas de classe média, que possuem uma renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, são as que precisaram trabalhar mais para ficar em dia com o governo. Ao todo, foram precisos 161 dias de trabalho, além de comprometer o equivalente a 44,11% da renda com impostos e tributos.

Já aqueles que recebem acima de R$ 10 mil comprometeram 42,19% da renda e trabalharam 154 dias, enquanto os que recebem abaixo de R$ 3 mil trabalharam 143 dias e comprometeram 39,18% da renda.

Isso só vem provar que o brasileiro tem mesmo é que ir para as ruas gritar, bater panela e se mesmo assim nada conseguir, partir para uma revolta e se necessária, armada.

Não dá mais para aturar tanta roubalheira e nós, os verdadeiros trabalhadores, pagarmos a conta.

Pau na moleira desses politiqueiros ladrões.


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