quinta-feira, 10 de maio de 2012


Sem acordo, dizem PMDB e PT




Vaccarezza não quer saber 
de Queiroz e Cabral na CPIM


Como eles têm certeza que o chumbo não irá atingir aos governadores Sérgio Cabral e Agnelo Queiroz, tanto o PMDB como o PT não estão preocupados em blindar os governadores e a bomba poderá estourar apenas nas mãos de Marconi Perillo, na CPI do Cachoeira.

Mas os dois maiores partidos da base aliada do governo têm motivos diferentes para rejeitar o acerto que é comentado nos corredores do Congresso. O PMDB não vê motivos para a convocação de Cabral à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que ele não foi citado, até agora, nas investigações das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. O elo de Cabral com as investigações está na sua amizade com o ex-presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish e pelo que dizem, Cabral é mais de “dançar na boquinha da garrafa”. Mas o PMDB esquece que a construtora está no centro das apurações da comissão.

Já o PT acredita que um acordo para blindar ou amenizar os depoimentos dos governadores, convocando-os para uma sessão conjunta da CPI mista, só interessa ao PSDB, porque a PF diz em seus relatórios que Perillo recebeu dinheiro de Cachoeira e ainda nomeou uma pessoa da confiança do empresário para comandar o Detran de Goiás, enquanto o elo estabelecido entre Queiroz e o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais, é fraco e não atingiria diretamente o governador, apenas poderia incriminar alguns assessores próximos.

"Não existe hipótese de acordo. Cabral nunca foi pago, por Cachoeira. O Perillo está envolvido até o pescoço. E o Agnelo perdeu na Justiça quando pediu para a Delta sair do contrato que tinha no DF. Isso só interessa à oposição", falou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que integra a CPI.

E como a comissão é chapa branca, o presidente da CPIM, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou que ainda não chegou o momento de convocar os governadores, mas já descartou a possibilidade aprovar requerimentos em bloco para os depoimentos dos governantes, como defende a oposição.

Um comentário:

Durval Moraes disse...

Na hora que o nó aperta para o lado dos partidos do governo, eles pulam mais que pipoca.
São todos uns canalhas.
Recife