Sem
acordo, dizem PMDB e PT
Vaccarezza
não quer saber
de Queiroz e Cabral na CPIM
Como eles
têm certeza que o chumbo não irá atingir aos governadores Sérgio Cabral e
Agnelo Queiroz, tanto o PMDB como o PT não estão preocupados em blindar os
governadores e a bomba poderá estourar apenas nas mãos de Marconi Perillo, na
CPI do Cachoeira.
Mas os
dois maiores partidos da base aliada do governo têm motivos diferentes para
rejeitar o acerto que é comentado nos corredores do Congresso. O PMDB não vê
motivos para a convocação de Cabral à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que
ele não foi citado, até agora, nas investigações das operações Vegas e Monte
Carlo, da Polícia Federal. O elo de Cabral com as investigações está na sua
amizade com o ex-presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish e pelo que
dizem, Cabral é mais de “dançar na boquinha da garrafa”. Mas o PMDB esquece que
a construtora está no centro das apurações da comissão.
Já o PT
acredita que um acordo para blindar ou amenizar os depoimentos dos
governadores, convocando-os para uma sessão conjunta da CPI mista, só interessa
ao PSDB, porque a PF diz em seus relatórios que Perillo recebeu dinheiro de
Cachoeira e ainda nomeou uma pessoa da confiança do empresário para comandar o
Detran de Goiás, enquanto o elo estabelecido entre Queiroz e o Carlinhos
Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais,
é fraco e não atingiria diretamente o governador, apenas poderia incriminar
alguns assessores próximos.
"Não
existe hipótese de acordo. Cabral nunca foi pago, por Cachoeira. O Perillo está
envolvido até o pescoço. E o Agnelo perdeu na Justiça quando pediu para a Delta
sair do contrato que tinha no DF. Isso só interessa à oposição", falou o
deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que integra a CPI.
E como a
comissão é chapa branca, o presidente da CPIM, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),
afirmou que ainda não chegou o momento de convocar os governadores, mas já descartou
a possibilidade aprovar requerimentos em bloco para os depoimentos dos
governantes, como defende a oposição.
Um comentário:
Na hora que o nó aperta para o lado dos partidos do governo, eles pulam mais que pipoca.
São todos uns canalhas.
Recife
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