O mundo está de cabeça para baixo

Gerson Tavares

Já não sei se os ares do Planalto Central são apropriados para a vida humana. A cada quatro anos que passam, novas pessoas vão para lá morar e parece que elas se contaminam do mesmo vírus que as outras que chegaram antes e assim, uma maioria quase que absoluta dos políticos que ali chegam são contaminados pelo “vírus da desonestidade”.

E foi então que esta semana o Brasil ficou alarmado com uma nova doença que está atacando a população daquele tão longínquo Planalto goiano. Como toda parte do país, talvez pela escola que temos onde os professores são deputados, senadores, ministros de estado e agora até generais, os ladrões estão aumentando dia a dia. E mesmo já tendo tantos ladrões encastelados em Brasília, também existem os ladrões que assaltam residências, assaltam motoristas e passantes.

Mas o que mais me chamou a atenção esta semana não foram os ladrões e sim a médica Mirian Tomkowsk Walton, que "na maior", "instalou" seringas no muro de sua casa, em um condomínio fechado em Sobradinho, que fica a 22 km de Brasília, e colocou o seguinte aviso: “Muro com HIV positivo. Não pule”.

Gente, essa mulher é médica. Ela não é uma pessoa qualquer, ela é médica de verdade. Ela alegou que colocou o material hospitalar no muro para tentar evitar roubos, pois sua casa já foi assaltada duas vezes.

Ela é ortopedista do Hospital Regional do Paranoá, uma cidade satélite de Brasília. Mirian está afastada do trabalho por estar gozando um abono anual a que os servidores públicos têm direito.

Agora a Secretaria de Saúde do Distrito Federal e o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal vão analisar a conduta da médica, abrindo uma investigação.

Tenho certeza que o final será este: “As seringas não estavam com sangue infectado e tudo não passou de uma estratégia da Mirian para afastar os larápios”.

Aposto. Quer casar quanto?