quarta-feira, 31 de agosto de 2011



Estão brincando com coisa séria



Gerson Tavares


Colocar raposa tomando conta de galinheiro e pior que abrir a porta do galinheiro. É mais ou menos assim que vejo o que vem acontecendo na política brasileira, quando tudo que deve ter um parecer de alguém, escolhem sempre um alguém interessado no caso. E este é o caso daqueles “documentos secretos” que uma grande parte dos políticos tem medo que sejam abertos e divulgados.

Um exemplo é o Fernando Collor pedindo sigilo eterno para documentos que são considerados, “por ele”, ultrassecretos e lógico que entre esses “ultra” estão jogadas que posam sujar mais ainda o seu “santo nome”.

O hoje senador, mas que num passado não muito distante foi expulso da Presidência da República, Fernando Collor, que faz parte do grupo aliado a Dilma Rousseff e é um dos membros do PTB de Alagoas, leu na Comissão de Relações Exteriores, o seu parecer ao projeto de lei que regulamenta o acesso às informações públicas. O ex-presidente “safardana” mantém a defesa do sigilo eterno aos documentos “ultrassecretos” ou cujo segredo seja "imprescindível à segurança da sociedade e do Estado". Mas o que é realmente imprescindível para a segurança da sociedade e também do estado, é a prisão de todos esses políticos safados que estão grassando no cenário brasileiro e para bem da verdade, Fernando Collor é um deles.

Já é um absurdo aquilo que foi aprovado pelos deputados, que prevê o sigilo máximo de 50 anos dos documentos ultrassecretos. Isto quer dizer que os 25 anos só poderiam ser prorrogados uma vez. Mas para o Collor isso é pouco e então argumenta que a divulgação de documentos relativos às relações internacionais e à defesa nacional, ainda que se passem muitos anos, pode trazer desconforto diplomático.

"O tempo dos Estados não é o tempo dos homens", diz Collor, mas que no fundo ele pensa é nas verdades do seu período lá no Palácio do Planalto.

Quem tem, tem medo.

Um comentário:

José Ribamar disse...

Para Collor e Sarney, abrir o arquivo é a morte. Eles querem sempre dar uma de bons moços, mas são um ladrões de mão cheia.

José Ribamar
São Luiz