quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ufa! Até que enfim...



Justiça envia inquérito do

cartel de trens para Supremo


Gerson Tavares











Desta vez parece que a coisa vai. A Justiça Federal decidiu remeter para o Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito que investiga o cartel de trens no sistema metroferroviário dos governos do PSDB em São Paulo, entre 1998 e 2008. A decisão, sobrescrita pelo juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal, acolhe representação da Polícia Federal.

Está lá, em nota da Justiça: "O inquérito policial foi remetido ao Supremo Tribunal Federal em razão de ter sido mencionada a eventual prática de infrações penais por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função perante aquela Corte".

Neste inquérito da PF, são citados deputados federais e outros políticos que detêm foro privilegiado perante o STF. A menção aos parlamentares e outras autoridades chegou ao inquérito por meio de um relatório produzido pelo engenheiro Everton Rheinheimer, ex-diretor da divisão de transportes da Siemens, multinacional alemã que firmou acordo de leniência, em 22 de maio, com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

No relatório, o executivo diz ter provas do suposto esquema de corrupção em governos do PSDB de São Paulo e no Distrito Federal. Rheinheimer fez delação premiada na PF e confirmou os termos daquele documento. Não sei, mas acho que “delação premiada” não passa de uma tremenda “sacanagem”. E o mesmo que falar: “Sei tudo, mas só conto se me pagarem”. Nestes casos o castigo deveria ser até dobrado, mas neste mesmo caso está o “foro privilegiado”. O que deveria ser um agravante e assim sendo, ter penas dobradas, o "safardana" é beneficiado com menor pena e até mesmo, ser absolvido.

Mas voltando a ladroagem, o delegado Milton Fornazari Júnior, que preside o inquérito, representou pela remessa dos autos para o Supremo sob o argumento de que autoridades com prerrogativa de foro são mencionadas na investigação.

A procuradora da República, Karen Kahn, manifestou-se contra o deslocamento do inquérito para Brasília, alegando que a medida é prematura. Para Karen, o depoimento que cita autoridades, isoladamente, não é suficiente para provocar a transferência dos autos.

A Justiça Federal, em nota, ponderou que "a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal não implica reconhecimento pelo magistrado responsável pela supervisão do inquérito da existência de indícios concretos de práticas criminosas pelas autoridades referidas". A remessa do inquérito do cartel para o Supremo está fundamentada "apenas no entendimento de que compete ao STF supervisionar eventuais medidas investigatórias relacionadas a tais autoridades".


Sei não, mas estou sentindo que essa Karen tem o “rabo preso” com alguém da “quadrilha”. Mas como o Janot já deu mostra que os "bandidos” estão bem representados na Procuradoria, ela é só mais uma que está a serviço da “bandidagem”.

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