quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Os crimes dos governantes sãos os mais diversificados


Em maternidade municipal não

dá para levar à luz em paz


Gerson Tavares
 






Que o Estado do Rio de Janeiro tem o pior governador do País, não há a menor duvida, mas se olharmos para a prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, aí vamos ter uma grande dúvida para dizer quem é pior, se o governador ou o prefeito.

Mas pelo que dizem alguns, só os médicos obstetras que atendem na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio de Janeiro, não terão a menor dúvida e votarão sem medo em Eduardo Paes.

Pode até parecer mentira, mas infelizmente os médicos que trabalham naquela maternidade estão sendo orientados e até pressionados para não interferir nos atendimentos às gestantes em trabalho de parto pela direção do hospital, que reserva essa função para enfermeiras obstetras. Claro que esta decisão não é da direção doa maternidade e sim, uma ordem que vem de cima, do secretário de Saúde municipal ou então do prefeito. Eu aposto na coluna dois e tenho certeza que não erro este páreo.

Então ficamos sabendo que a equipe médica só pode intervir no último momento, mesmo quando a paciente pede por intervenção de um obstetra. Quer dizer, quando não tem mais jeito, chama o “coveiro”.

Este é o alerta que foi feito pelo presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (Sgorj), Marcelo Burlá, que disse estar recebendo constantemente denúncias dos profissionais, que descrevem um atendimento deficitário na unidade médica criada pelo governo de Eduardo Paes com o intuito de ser referência em partos humanizados. “Partos humanizados” que poderão levar a “referência” parar nos cemitérios da “falida" Santa Casa.

Burlá corre atrás para salvar as parturientes e o bom nome dos obstetras daquela unidade de Saúde. E assim chegou a hora de oficiar ao Ministério Público do Estado (MPE), pedindo investigação do caso e apresentando os relatos apurados pela sociedade.

As mulheres que já passaram pelos apuros daquele atendimento “satânico”, partiram para manifestações feitas pelas redes sociais, denunciando supostos casos de negligência e erros médicos cometidos pela equipe dessa maternidade. As mulheres relatam inúmeros episódios que elas afirmam terem vivido durante o atendimento no Maria Amélia, em nome de um "parto humanizado" e elas consideram como parte de um verdadeiro "diário de tortura".

A socióloga e advogada especializada em reprodução da mulher e violência obstétrica, Gabriella Sallit, ressaltou que o parto humanizado segue o paradigma do protagonismo da mulher e, quando essa condição não é respeitada, o procedimento não pode ser mais considerado como "humanizado". Os registros feitos na Polícia Civil por pais que perderam os seus filhos recentemente na maternidade Maria Amélia, gerou um processo que está tramitando no Tribunal de Justiça/RJ, em fase de inquérito. As acusações contra a direção da maternidade são de falsidade ideológica e homicídio culposo.

Este é mais um crime que pode ser incluído na lista criminal de Eduardo Paes. Não pensem que nesta lista só constam roubos e “derrubadas”, mas também infanticídio.

Cadeia é pouco para ele. 

Nenhum comentário: