Em maternidade municipal não
dá para levar à luz em paz
Gerson Tavares
Que o Estado do Rio de
Janeiro tem o pior governador do País, não há a menor duvida, mas se olharmos
para a prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, aí vamos ter uma grande dúvida
para dizer quem é pior, se o governador ou o prefeito.
Mas pelo que dizem
alguns, só os médicos obstetras que atendem na Maternidade Municipal Maria
Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio de Janeiro, não terão a menor
dúvida e votarão sem medo em Eduardo Paes.
Pode até parecer
mentira, mas infelizmente os médicos que trabalham naquela maternidade estão
sendo orientados e até pressionados para não interferir nos atendimentos às
gestantes em trabalho de parto pela direção do hospital, que reserva essa
função para enfermeiras obstetras. Claro que esta decisão não é da direção doa
maternidade e sim, uma ordem que vem de cima, do secretário de Saúde municipal
ou então do prefeito. Eu aposto na coluna dois e tenho certeza que não erro
este páreo.
Então ficamos sabendo
que a equipe médica só pode intervir no último momento, mesmo quando a paciente
pede por intervenção de um obstetra. Quer dizer, quando não tem mais jeito,
chama o “coveiro”.
Este é o alerta que foi
feito pelo presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de
Janeiro (Sgorj), Marcelo Burlá, que disse estar recebendo constantemente
denúncias dos profissionais, que descrevem um atendimento deficitário na
unidade médica criada pelo governo de Eduardo Paes com o intuito de ser
referência em partos humanizados. “Partos humanizados” que poderão levar a
“referência” parar nos cemitérios da “falida" Santa Casa.
Burlá corre atrás para
salvar as parturientes e o bom nome dos obstetras daquela unidade de Saúde. E
assim chegou a hora de oficiar ao Ministério Público do Estado (MPE), pedindo
investigação do caso e apresentando os relatos apurados pela sociedade.
As mulheres que já
passaram pelos apuros daquele atendimento “satânico”, partiram para manifestações
feitas pelas redes sociais, denunciando supostos casos de negligência e erros
médicos cometidos pela equipe dessa maternidade. As mulheres relatam inúmeros
episódios que elas afirmam terem vivido durante o atendimento no Maria Amélia,
em nome de um "parto humanizado" e elas consideram como parte de um
verdadeiro "diário de tortura".
A socióloga e advogada
especializada em reprodução da mulher e violência obstétrica, Gabriella Sallit,
ressaltou que o parto humanizado segue o paradigma do protagonismo da mulher e,
quando essa condição não é respeitada, o procedimento não pode ser mais
considerado como "humanizado". Os registros feitos na Polícia Civil
por pais que perderam os seus filhos recentemente na maternidade Maria Amélia,
gerou um processo que está tramitando no Tribunal de Justiça/RJ, em fase de
inquérito. As acusações contra a direção da maternidade são de falsidade
ideológica e homicídio culposo.
Este é mais um crime
que pode ser incluído na lista criminal de Eduardo Paes. Não pensem que nesta
lista só constam roubos e “derrubadas”, mas também infanticídio.
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