Francisco
pega pesado
Gerson
Tavares
Nunca
a mulher foi tão valorizada pela Igreja católica como agora com o argentino
Jorge Mario Bergoglio. Depois que ele foi elevado a Papa, depois que ele se
transformou no Francisco, logo mostrou que veio para mudar os rumos da Igreja.
Agora mesmo ele reforçou que a Igreja precisa ampliar a participação das
mulheres, mesmo afirmando que a possibilidade de que elas possam ser ordenadas
como padres “não é uma questão que esteja aberta à discussão”. Posicionamento
semelhante àquele evidenciado quanto ao aborto. "Não se deve esperar que a
Igreja católica mude a sua posição". E eu vou um pouco mais longe quando
digo que também acho que o padre não deve casar. E o que me fez mais adepto
dessa ideia do “não casamento” dos padres, foi quando vi um fiel de uma igreja
evangélica chamar a mulher do pastor, de “pastora”. Não dá para chamar a mulher
do padre de “padra”. Rídico, simplesmente “ridículo”.
Mas
voltando ao Francisco, o pontífice reconheceu que a igreja tem feito pouco para
acompanhar as mulheres carentes. Foi então que Francisco pediu aos políticos do
mundo todo que estejam mais atentos à população, especialmente os mais pobres.
Os governos, defende, têm o dever de garantir “trabalho digno, educação e
cuidados de saúde". Francisco, você está pedindo demais.
Mas
ele não parou por aí e quanto aos ricos, na opinião de Francisco, eles deveriam
partilhar as suas fortunas. “Tal como o mandamento ‘Não matarás’ impõe um
limite claro para defender o valor da vida humana, hoje também temos de dizer
‘Tu não’ a uma economia de exclusão e desigualdade. Esta economia mata. Exorto-vos
a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a
uma ética propícia ao ser humano". Já ouvi alguns ricaços falarem que o
Francisco quer levar todos à “bancarrota”.
E
outra ideia defendida pelo papa vem de encontro com as realidades do momento. É
a da descentralização da igreja, ressaltando a importância da atuação dos
jovens no catolicismo. “Muitas vezes, comportamo-nos como controladores da
graça e não como facilitadores. Mas a igreja não é uma alfândega, é a casa
paterna onde há lugar para todos”, disse para mostrar que está no caminho da união.
E
foi para fechar com "chave de ouro" que ele se preparou: "Prefiro
uma Igreja rota, esfarrapada e suja por estar nas ruas atuando a uma Igreja
enferma por estar confinada e se agarrando à própria (sensação ilusória de)
segurança. Não quero uma Igreja obcecada por estar no centro e que acaba presa
em uma rede de obsessões e procedimentos".
Falou
o “Velho Chico”.
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