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Reforma
ministerial fica para março de 2014
Quanto mais puder “empurrar
com a barriga” ( e que barriga?), a presidente Dilma Rousseff vai deixar a
reforma ministerial para o mais longe que der. Dilma sempre disse que iria
fazer em janeiro de 2014, mas agora resolveu deixar para março ou abril. Esta é
mais uma jogada para dizer que será apenas um “mandato-tampão” para que seus ministros
possam concorrer a algum cargo eletivo.
Ela que está precisando
de tempo para acomodar substitutos de nove ou dez ministros-candidatos, também
precisa organizar as negociações para destravar alguns nós na acomodação de
aliados, já que a corrida ao Poder é grande. É só ver que o seu amigo Fernando
Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o
Alexandre Padilha, da Saúde, querem e precisam prolongar o máximo de tempo
possível para ficarem assim em exposição no cargo, antes de entrar na campanha
pelos governos de Minas e São Paulo, respectivamente.
Mas existe um imbróglio
maior que é o governador do Ceará, Cid Gomes, e de seu irmão Ciro. É dado como
certo no Palácio do Planalto que o PROS, o novo partido de Cid e Ciro, terá um
bom espaço garantido na Esplanada dos Ministérios, já que Dilma dá aos irmãos
Gomes o crédito por terem quebrado a espinha dorsal do governador de Pernambuco
e presidenciável Eduardo Campos (PSB) no Nordeste, ou pelo menos parte dela, ao
romper com o PSB.
Então, Dilma vai ter
que ter muito cuidado para mexer nessa área porque ela conhece os irmãos Gomes,
que se hoje eles são Dilma, amanha podem ser adversários.
E ela sabe que é bem melhor
fazer o que eles querem.
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