Arcebispo
diz que se existe culpado,
este é o governo
Foi em carta aberta às
autoridades que o arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Resende, falou
acompanhar com preocupação o agravamento
dos conflitos fundiários no Estado.
Para dom Dimas, toda
essa tensão é decorrente da “demora das autoridades competentes em apresentar
uma solução concreta para a situação dos povos indígenas mobilizados por suas
terras e dos produtores rurais que têm suas propriedades reivindicadas como de
ocupação tradicional pelos índios”.
Segundo o arcebispo, em
maio, representantes do governo federal estiveram no Estado e prometeram resolver
os problemas que geram os conflitos. E seis meses depois, nada mudou.
Dom Dimas assim fala
nesta carta aberta: “Vimos mais uma vez a insegurança e o descrédito tomarem
conta tanto de índios como de produtores rurais, deixando intranquila também
toda a sociedade que almeja pela paz social, respeito pelos direitos e pela
justiça e vida digna para todos”.
E ainda segundo o
arcebispo, a insegurança afeta tanto as comunidades indígenas, que “não têm
condições de resgatar suas formas próprias de organização”, quanto os
produtores rurais, que possuem títulos de propriedade fornecidos pelo Estado e
“atravessam momentos difíceis”.
E tudo só depende do
governo, que precisa redobrar os esforços para a busca de uma solução para o
problema. Na carta, ele faz um apelo às autoridades federais e do Estado para
que mantenham negociações abertas no primeiro semestre.
Mas aí já é pedir demais.
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