quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

É necessário um prefeito


Pedágio urbano, uma discussão 

na pauta do dia

Gerson Tavares










A grande realidade das grandes cidades é que elas crescem em sua população, mas não crescem nas “cabeças dos governantes”. Todos sabem que viver numa grande cidade e dou aqui como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, pela manhã, ao sair de casa para o trabalho, as pessoas entram sempre em um grande engarrafamento. À tarde ou mesmo à noite, é normal perder horas em intermináveis congestionamentos.

Tudo porque aquela avenida ou rua que antes servia de acesso rápido a qualquer área do município não existe mais. Na sexta-feira você passou por ela e já na segunda-feira ela sumiu. Os governantes tomam suas atitudes, derrubam viadutos, mudam as mãos de direção daquela rua que poderia ser o desafogo e o povo não tem direito a opinar. 

Com o modelo de transporte urbano, altamente dependente do automóvel, já que o trem e o metrô estão dando problemas, dia sim e outro também, os ônibus andam lotados e quase sempre não param nos pontos onde estejam idosos e estudantes e assim sendo, ou você tira o automóvel da garagem ou não vai trabalhar. Por incrível que possa parecer, a saída poderia ser a bicicleta, mas no Brasil, o consumidor paga mais impostos por uma bicicleta do que por um carro e, assim, o carro que o governo reduziu drasticamente os impostos, deve ficar na garagem, mas a bicicleta está custando os “olhos da cara” só de impostos.

E como os especialistas em transporte e mobilidade, e mesmo o poder público municipal, acreditam que a salvação está na cobrança da uma tarifa, que não é outra senão o “pedágio”, em algumas áreas será um caminho inevitável para cidades como o Rio, mas a maioria argumenta que essa medida só teria efeito após a criação de alternativas de transporte de massa. Mas seria bom avisar que transporte de massa não é ônibus e sim, trem barcas e metrô

Esta opinião de pedágio é exatamente daquele que usa transporte oficial e assim dá opinião que o pedágio urbano tem vantagens. segundo um dos professores que querem o pedágio, a medida iria atingir diretamente quem gera ônus para a cidade, ou seja, os motoristas de carros particulares que ajudam a criar os congestionamentos. Para este “professor”, essa política é mais eficaz que o aumento do preço da gasolina, porque este atinge toda a sociedade, inclusive cidades pequenas, que não sofrem tanto com o trânsito, e o transporte público.

No mundo, há alguns modelos de pedágio urbano. Um dos mais usados é o de sistema de câmeras. Os veículos, ao entrarem nas áreas restritas, são fotografados, e a cobrança é enviada à casa do proprietário, como ocorre com as multas de pardais eletrônicos. Mas será que alguém perguntou se lá tem metrô? Sim, porque estamos falando do Rio de Janeiro, uma cidade que tem uma única linha de metrô e um simples “apêndice” e que diariamente mata os passageiros de ódio com seus problemas operacionais ou técnicos.

Então vem aquela ideia que a desvantagem do pedágio urbano é o perigo da exclusão, o que quer dizer, só quem pode arcar com esse custo poderá circular por determinadas áreas. As Ruas das cidades serão para os ricos e para aqueles que circulam com carros oficiais que o povo paga, não só a compre do automóvel, mas também toda a gasolina que os “safardanas” gastam em suas farras.

Claro que o prefeito Eduardo Paes adorou a ideia e já defende que o pedágio urbano seja adotado, num futuro próximo, no Centro, que tem o trânsito mais lento da cidade. No Rio, a hora do rush, segundo pesquisa da CET-Rio, começa cada vez mais cedo. Por isso, a companhia antecipou para as 5h o início do trabalho dos operadores de tráfego. Paes diz que o pedágio pode ser criado após a conclusão das obras de ampliação da rede do metrô, de trens e da implantação dos BRTs.

Bem, quando o Eduardo Paes falou que a implantação do pedágio será após a conclusão das obras de ampliação da rede do metrô, de trens e da implantação dos BRTs., aí fiquei bem mais tranquilo.


Isso é coisa para a próxima Copa do Mundo no Brasil. Não, não a de 2014 e sim, quando o Brasil for sede da Copa de 2079.


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