Pedágio
urbano, uma discussão
na pauta do dia
Gerson
Tavares
A
grande realidade das grandes cidades é que elas crescem em sua população, mas
não crescem nas “cabeças dos governantes”. Todos sabem que viver numa grande
cidade e dou aqui como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, pela manhã, ao sair de
casa para o trabalho, as pessoas entram sempre em um grande engarrafamento. À tarde ou mesmo
à noite, é normal perder horas em intermináveis congestionamentos.
Tudo
porque aquela avenida ou rua que antes servia de acesso rápido a qualquer área
do município não existe mais. Na sexta-feira você passou por ela e já na
segunda-feira ela sumiu. Os governantes tomam suas atitudes, derrubam viadutos,
mudam as mãos de direção daquela rua que poderia ser o desafogo e o povo não
tem direito a opinar.
Com
o modelo de transporte urbano, altamente dependente do automóvel, já que o trem
e o metrô estão dando problemas, dia sim e outro também, os ônibus andam
lotados e quase sempre não param nos pontos onde estejam idosos e estudantes e
assim sendo, ou você tira o automóvel da garagem ou não vai trabalhar. Por
incrível que possa parecer, a saída poderia ser a bicicleta, mas no Brasil, o
consumidor paga mais impostos por uma bicicleta do que por um carro e, assim, o
carro que o governo reduziu drasticamente os impostos, deve ficar na garagem,
mas a bicicleta está custando os “olhos da cara” só de impostos.
E como os especialistas em transporte e mobilidade, e mesmo o poder público
municipal, acreditam que a salvação está na cobrança da uma tarifa, que não é
outra senão o “pedágio”, em algumas áreas será um caminho inevitável para
cidades como o Rio, mas a maioria argumenta que essa medida só teria efeito
após a criação de alternativas de transporte de massa. Mas seria bom avisar que
transporte de massa não é ônibus e sim, trem barcas e metrô
Esta opinião de pedágio é exatamente daquele que usa transporte oficial e assim
dá opinião que o pedágio urbano tem vantagens. segundo um dos professores que querem o pedágio, a medida iria atingir diretamente quem
gera ônus para a cidade, ou seja, os motoristas de carros particulares que
ajudam a criar os congestionamentos. Para este “professor”, essa política é
mais eficaz que o aumento do preço da gasolina, porque este atinge toda a
sociedade, inclusive cidades pequenas, que não sofrem tanto com o trânsito, e o
transporte público.
No
mundo, há alguns modelos de pedágio urbano. Um dos mais usados é o de sistema
de câmeras. Os veículos, ao entrarem nas áreas restritas, são fotografados, e a
cobrança é enviada à casa do proprietário, como ocorre com as multas de pardais
eletrônicos. Mas será que alguém perguntou se lá tem metrô? Sim, porque estamos
falando do Rio de Janeiro, uma cidade que tem uma única linha de metrô e um
simples “apêndice” e que diariamente mata os passageiros de ódio com seus
problemas operacionais ou técnicos.
Então
vem aquela ideia que a desvantagem do pedágio urbano é o perigo da exclusão, o
que quer dizer, só quem pode arcar com esse custo poderá circular por
determinadas áreas. As Ruas das cidades serão para os ricos e para aqueles que
circulam com carros oficiais que o povo paga, não só a compre do automóvel, mas
também toda a gasolina que os “safardanas” gastam em suas farras.
Claro
que o prefeito Eduardo Paes adorou a ideia e já defende que o pedágio urbano
seja adotado, num futuro próximo, no Centro, que tem o trânsito mais lento da
cidade. No Rio, a hora do rush, segundo pesquisa da CET-Rio, começa cada vez
mais cedo. Por isso, a companhia antecipou para as 5h o início do trabalho dos
operadores de tráfego. Paes diz que o pedágio pode ser criado após a conclusão
das obras de ampliação da rede do metrô, de trens e da implantação dos BRTs.
Bem,
quando o Eduardo Paes falou que a implantação do pedágio será após a conclusão
das obras de ampliação da rede do metrô, de trens e da implantação dos BRTs.,
aí fiquei bem mais tranquilo.
Isso
é coisa para a próxima Copa do Mundo no Brasil. Não, não a de 2014 e sim, quando o Brasil for sede da Copa de 2079.
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