sexta-feira, 8 de junho de 2012


Médicos federais foram traídos pelo governo
 Médicos fecham faixa da avenida Paulista, no centro de SP, 
durante protesto contra planos de saúde

Muito pouco tem sido trazido à público aquilo que vem a ser a medida provisória 568 que tanto está mobilizando a classe médica. Esta é a medida com a qual o governo quer fazer a redução de 50% dos salários dos médicos do poder executivo da União, além de reduzir a salubridade em aproximadamente 80%.
Esta medida atinge 50 mil médicos de hospitais federais, universitários, institutos ou de postos do SUS (Sistema Único de Saúde). Os mais atingidos são os médicos que estão na linha de frente do atendimento à população carente. São os que tentam fazer a melhor medicina, atuando em locais onde as condições de trabalho são, na maioria das vezes, inadequadas e com limitações só conhecidas por eles e pelos pacientes que dividem com eles a luta pela vida e passam pelos problemas.
São eles que enfrentam a falta de vagas para internações de pacientes graves e a inexistência de equipamentos de excelência para realização correta de diagnósticos. Muitas vezes, esses abnegados profissionais são obrigados a driblar a ausência de medicamentos essenciais.
Quase sempre esses médicos têm carga de trabalho excessiva e não possuem perspectiva na carreira pública, já que os salários são muito baixos, comparados aos da medicina privada. Só mesmo por abnegação eles seguem lutando contra o descaso das autoridades.
São profissionais que em sua maioria dedicam suas vidas aos pacientes. Ouvi de um deles que enquanto nos consultórios particulares os médicos têm clientes, que podemos chamar de "fregueses", ele, que trabalha em dois hospitais onde exerce seu trabalho com a máxima dedicação, tem pacientes.
Esses médicos foram admitidos no serviço público federal por meio de concursos públicos dificílimos. São profissionais de alto gabarito, médicos que se destacariam em qualquer outro cenário. Poderiam até ter saído do país. Mas acreditaram no Brasil, no governo brasileiro.
Mas hoje eles já pensam que ao imaginarem ser possível viver, trabalhar, se aposentar e morrer sendo médico do poder executivo da União, foram enganados, foram traídos.

Tudo isso quer dizer Brasil. 

4 comentários:

Maria de Lourdes França disse...

Enquanto Dilma quer cortar o dinheiro dos médicos, ela distribui dinheiro para os deputados e senadores que votam tudo que ela quer.
O povo morre, mas eles, os politiqueiros, se fartam com o dinheiro dos falecidos.
Arapongas, Paraná

Maria Sílvia Lobo disse...

Dilma precisa muito desse corte nos vencimentos dos médicos federais. Ela tem que continuar a dar dinheiro para os políticos, para os líderes dos sindicatos, das entidades estudantis e por ai à fora, porque onde tem safado eloa sabe que o PT tem voto.
Rio de Janeiro

Walter Chambarelli disse...

Mas também esses médicos querem que a Dilma tire o dinheiro da ciranda dos políticos para deixar para eles?
Que trabalhem a troco de pão e água, porque quem merece caviar é político.
Nova Iguaçu

Anônimo disse...

Quem mandou estudar. Se ficasse analfabeto podia perder um dedo no torno e virar presidente politiqueiro.
Estudou, agora sofre.
São Paulo