quarta-feira, 20 de junho de 2012


Cavendish é o dono do mundo

Gerson Tavares
 




Realmente Fernando Cavendish pode ser considerado nos dias de hoje o dono do mundo em que vive o governo brasileiro. Depois de ser desmascarado como um dos maiores estrategistas em fraudes de obras com os governos, federal, estaduais e municipais, eis que ele dá uma de desertor, entrega a empresa do Carlinhos Cachoeira nas mãos de terceiros e se manda para Paris e assim continuar a gozar das delícias da vida.

Como falei, ele, como “laranja” do Cachoeira no comando da construtora Delta, resolveu sair de cena para que o seu “bom nome” não fosse “enxovalhado” por tudo que andou fazendo junto aos governantes que sempre precisaram de alguém para levar até às suas contas o dinheiro tirado dos cofres públicos. Entre esses “governantes”, estão nomes coroados na nossa política. Agnelo Queiroz, do PT, Marconi Perillo, do PSDB e o maior de todos, tão grande que chega ao ponto de deixar a dúvida se ele é ou não sócio do Cavendish, ou até neste caso da Delta, do Cachoeira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho. 

Mas como falei, o Cavendish foi para Paris e assim esquecer esse burburinho tupiniquim, mas como a coisa está quente por aqui, a oposição estava brigando pela convocação do Fernandinho para esclarecimentos na CPI do Cachoeira. Como a pressão estava grande e a semana-santa estava chegando, dois parlamentares que fazem parte da comissão mista de inquérito no Congresso, resolveram dar um “pulinho” até ali, em Paris, para ter uma conversa com o parceiro do Cabral.


Ciro Nogueira, senador do PP pelo estado do Piauí e o deputado pelo PR de Alagoas, Mauricio Quintela Lessa, além da mulher do senador, a deputada pelo PP do Piauí, Iracema Portela, aproveitaram o passeio e foram almoçar com o Fernando Cavendish. O senador e o deputado são membros da CPI do Cachoeira e a deputada é simplesmente suplente da CPI e com direito a voz e voto na “comissão do acerto”.

Agora a oposição está pedindo o afastamento dos “safardanas”, mas a resistência está sendo e será muito grande, já que, se os três foram até Paris, foram a serviço não só deles e sim, a serviço de toda uma equipe responsável pelo trabalho desonesto que faz desse governo aliado, uma quadrilha sem precedentes na história do Brasil. E olha que já tivemos muita gente sem escrúpulo no comando do Brasil, mas nem mesmo o Fernando Collor de Mello, que conseguiria, se todo o mandato ficasse no Planalto, chegar perto daquilo que hoje acontece na política brasileira.

Quando Miro Teixeira, deputado do PDT do Rio de Janeiro, falou que era necessário que fosse investigada a “tropa do cheque”, o Cândido Vaccarezza subiu nas tamancas e até muita gente ficou pensando que ele é o chefe da quadrilha. Mas toda aquela revolta do Vaccarezza foi só um modo que ele encontrou para sumir com o “cheque”.

E como sempre, mais uma derrota e desta vez por 16 votos a 13, deixou mais uma vez o Cavendish fora da ótica e assim muita gente ficou aliviada. Sim, porque o que tem de “sócio” com o “fiofó” na seringa, não está no mapa.

Mas vamos rezar, vamos pedir ao Bom Deus que essas pessoas do mal, paguem por tudo que estão fazendo contra o Brasil. que o castigo não seja só no além, mas que por aqui eles também sofram para servir de exemplo.

Que o povo acorde enquanto é tempo.       

Um comentário:

Oswaldo Nunes disse...

Pelo que dá para notar, Paris é o grande escritório da quadrilha do governo brasileiro.
Sérgio Cabral vai pra lá dançar na boquinha da garrafa, Cavendish vai para lá esquecer os problemas e os membros da CPI vão até lá para perguntar ao dono da Delta se ele quer falar com pessoal da CPI.
Não tem mais jeito esse país. Só matando os políticos atuais para colocar gente nova no lugar.
Salvador