O Supremo é criticado pelos “quadrilheiros”

Gerson Tavares

 

Já era de se esperar que os petistas ficassem preocupados com a marcação de dia e hora para o início do julgamento da “quadrilha” que roubou dinheiro do povo com aquele escândalo que responde pelo nome de “mensalão”.

E o secretário nacional de Comunicação do PT, um deputado paranaense que atende pelo nome de André Vargas, foi fundo em sua critica sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que marcou para o mês de agosto o início do julgamento do “mensalão”, que segundo ele, coincidindo com a campanha eleitoral, poderá trazer sérios transtornos para os aliados que estarão em campanha. Pois, querendo eles ou não os trabalhos começarão no dia 1º de agosto e pelo que diz o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, em 4 de setembro todo o processo deverá estar terminado.

E mais uma vez a pressão dos petistas foi acionada para servir de aviso para os ministros: “Já imaginávamos que ia ter pressão, mas não imaginávamos que segmentos do Supremo seriam tão suscetíveis assim. Infelizmente, as ações do Supremo não são cercadas da austeridade exigida para uma Corte Suprema. Ministro do Supremo não é para ficar sendo aplaudido em restaurante por dar decisão contra o PT. Nos EUA, eles não podem nem tirar foto, mas aqui tem ministro do Supremo com vocação para pop star”. Bem abusado esse tal de André Vargas.

Mas em compensação, os adversários do PT nas eleições municipais apostam que o julgamento do “mensalão”, no auge da campanha eleitoral, deverá realmente ocasionar um desgaste nos candidatos, não só do partido, mas também, dos partidos aliados. Claro que a oposição deverá tirar partido da situação e vai explorar o episódio na campanha.

Segundo o deputado do PMDB da Bahia, Lúcio Vieira de Lima, o julgamento do “mensalão” vai ser a nova novela de sucesso. Diz ele que a cada dia, um capítulo e todo mundo acompanhando. "Claro que poderão sofrer alguns arranhões os candidatos petistas" e Lúcio fala assim porque,  apesar de ser aliado do PT no plano nacional, é ferrenho adversário do partido nas eleições para a prefeitura de Salvador e esses “arranhões” deixam o peemedebista muito feliz.

Como dá para notar, até mesmo dentro dos aliados tem gente vibrando com o julgamento dos “quadrilheiros”, mas como política é coisa de momento, amanhã pode ter algum petista vibrando se o Sérgio Cabral entrar nas águas do Cachoeira.

Realmente é só questão de momento.