Depois
da Rio+20, faltou o dinheiro
Gerson
Tavares
Terminou a Rio+20 e
nada ficou de concreto para o futuro do mundo. Para que tudo aquilo que o mundo gostaria de fosse discutido pudesse acontecer, seria necessária uma conta bancaria muito forte
para garantir a execução.
Mas execução é coisa que não tem muita importância,
porque o que vale é que todos se reuniram, trocaram ideias, jogaram conversa
fora e se divertiram para valer. Se no começo da Conferência os líderes das
ONGs já repudiavam aquilo que viria a ser o documento final, no dia do encerramento já
dava para ver que cientistas, empresários, economistas e líderes indígenas, haviam aderido aos reclamos do movimento das ONGs. E assim, aquilo que deveria ser o
“documento final”, se transformou em um grande “protesto final”.
E como tudo que seria
a solução para os povos, acabou se transformando em busca de “solução para os
governantes”, o maior assunto discutido foi de que o mundo está em crise e os
países fortes tem “obrigação” de ajudar aos fracos. Só que eles discutiram e se
esqueceram de ver que hoje está difícil de saber quem é forte e quem é fraco.
Até porque tem país que não é tão forte assim, mas bota banca.
E o exemplo está aqui
dentro de casa. O Brasil falou que pagou a sua dívida ao FMI e muita gente
acreditou e ainda acredita nessa estória de “boitatá”. Só que se hoje nós não
devemos ao FMI, passamos a dever àqueles que pagaram a dívida, que não
são outros que não sejam as grandes empresas que hoje têm em suas mãos as rédeas e
aos calcanhares as esporas para "governar" a política brasileira. E a verdade é uma só, pois a qualquer hora que eles
quiserem, todos nós vamos pagar pela vaidade de governantes sonhadores.
Mas a estória acaba quando entra em ação a história
do Brasil. Se nós não devemos ao FMI e o FMI precisa de ajuda, vamos
emprestar e assim fazer com que aquela entidade passe de credora a devedora.
Vamos emprestar dinheiro, mesmo sabendo que não é nosso, vamos emprestar ao FMI
e assim tirar uma onda de “País Forte”. País forte, que empresta dinheiro para os outros, mas aqui dentro de casa, a miséria está invadindo até as grandes cidades.
E o pior é que tem
gente que acredita.
Um comentário:
Mas é isso mesmo. Se aqui está tudo bem, sem fome, todo mundo trabalhando comsua carteira assinada, o meio ambiente todo organizado, ent´~ao temos mais é que ajudar os outros.
Parece até que é verdade, que tudo aqui está bem.
Mas como o povo gosta de ouvir mentiras, deixa o povo brasileiro sofrer até morrer.
Salvador
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