quinta-feira, 28 de junho de 2012


Depois da Rio+20, faltou o dinheiro

Gerson Tavares
 



Terminou a Rio+20 e nada ficou de concreto para o futuro do mundo. Para que tudo aquilo que o mundo gostaria de fosse discutido pudesse acontecer, seria necessária uma conta bancaria muito forte para garantir a execução. 

Mas execução é coisa que não tem muita importância, porque o que vale é que todos se reuniram, trocaram ideias, jogaram conversa fora e se divertiram para valer. Se no começo da Conferência os líderes das ONGs já repudiavam aquilo que viria a ser o documento final, no dia do encerramento já dava para ver que cientistas, empresários, economistas e líderes indígenas, haviam aderido aos reclamos do movimento das ONGs. E assim, aquilo que deveria ser o “documento final”, se transformou em um grande “protesto final”.

E como tudo que seria a solução para os povos, acabou se transformando em busca de “solução para os governantes”, o maior assunto discutido foi de que o mundo está em crise e os países fortes tem “obrigação” de ajudar aos fracos. Só que eles discutiram e se esqueceram de ver que hoje está difícil de saber quem é forte e quem é fraco. Até porque tem país que não é tão forte assim, mas bota banca.

E o exemplo está aqui dentro de casa. O Brasil falou que pagou a sua dívida ao FMI e muita gente acreditou e ainda acredita nessa estória de “boitatá”. Só que se hoje nós não devemos ao FMI, passamos a dever àqueles que pagaram a dívida, que não são outros que não sejam as grandes empresas que hoje têm em suas mãos as rédeas e aos calcanhares as esporas para "governar" a política brasileira. E a verdade é uma só, pois a qualquer hora que eles quiserem, todos nós vamos pagar pela vaidade de governantes sonhadores.

Mas a estória acaba quando entra em ação a história do Brasil. Se nós não devemos ao FMI e o FMI precisa de ajuda, vamos emprestar e assim fazer com que aquela entidade passe de credora a devedora. Vamos emprestar dinheiro, mesmo sabendo que não é nosso, vamos emprestar ao FMI e assim tirar uma onda de “País Forte”. País forte, que empresta dinheiro para os outros, mas aqui dentro de casa, a miséria está invadindo até as grandes cidades. 

E o pior é que tem gente que acredita. 

Um comentário:

Ivanildo Lopes disse...

Mas é isso mesmo. Se aqui está tudo bem, sem fome, todo mundo trabalhando comsua carteira assinada, o meio ambiente todo organizado, ent´~ao temos mais é que ajudar os outros.
Parece até que é verdade, que tudo aqui está bem.
Mas como o povo gosta de ouvir mentiras, deixa o povo brasileiro sofrer até morrer.
Salvador