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Muita popularidade e poucos feitos

Gerson Tavares

Para quem queria ser “notável”, até que Lula fez o trabalho de casa direitinho. Tornou-se conhecido no mundo, virou “o cara” para o Obama, meteu o “bedelho” onde não era chamado, tomou atitudes em conversas que nem tinha sido chamado e apareceu.

Com uma equipe de propaganda trabalhando vinte e sete horas por dia, ele foi subindo no Ibope. Lógico que o Ibope negocia qualquer campanha, tanto para construir como para destruir, lógico, dependendo do lado que está pagando e a equipe do governo Lula pagou muito bem e assim, a cada resultado de pesquisa da popularidade do Lula ele subia muitos pontos e chegou ao final dos oito anos quase que com mais de 100% de aceitação. Seria uma aberração, mas com está turma tudo é possível, até o impossível.

Mas como aqueles que não respondem a tais pesquisas são aqueles que não se vendem, não aceitam esquemas, a realidade sempre vem à tona. Como um governante que não dá saúde para o povo, não dá educação, saneamento passa ao largo, que não pensa em infraestrutura e vira as costas para as reformas que o país precisa, pode ter esta aceitação?

Foram oito anos de escândalos, de roubos, de pessoas morrendo nas filas dos hospitais, de pessoas morrendo de febres por falta de um mínimo de saneamento público e o Lula só subindo na aceitação.

Mas o projeto “Bolsa Família” garantia que aqueles que deixaram de trabalhar para viverem da “esmola oficial”, respondessem as pesquisas. Isto para falar desta “bolsa”, mas tantas outras “bolsas” estão aí para servir de “engana bobo” e o povão achando que está numa boa.

E o Lula para falar do sucesso de seu governo diz que “o segredo do meu sucesso é ter feito apenas o óbvio”. Realmente o sucesso de Lula foi seguir a economia que ele e toda a sua turma tanto criticaram nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique e é óbvio que tudo veio daquela época. Mas para ele falta coragem e hombridade para dizer que o seu sucesso ele deve aos dois governos que o antecederam.

Por isso, com muita popularidade, mas com poucos feitos, Lula sai agora, após oito anos, cantando vitórias alheias.