segunda-feira, 6 de dezembro de 2010



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Religião e “politicagem”





Gerson Tavares

Nunca gostei de misturar política com religião. Nunca vi com bons olhos essa união. A Igreja até pode e deve ter opinião, inclusive alertar seus fiéis para os perigos que muita escolha possa trazer no futuro ou ainda mostrar se aquele candidato é digno do voto, mas a Igreja entrar de cabeça, transformando-se em “partido” para disputar uma cadeira no Congresso, no Executivo ou mesmo em algum cargo de governo, aí já passa dos limites.

E isso é coisa que vem ocorrendo com muita frequência. Basta ver o senador Marcelo Crivella, que entrou na política e não mais quer sair. Crivella está licenciado na Igreja Universal, mas lógico, que trabalha para ela na política. Basta dizer que toda a campanha política feita pelo partido do senador, é feita de dentro das igrejas para a rua.

Mas as coisas absurdas das igrejas evangélicas não param em Crivella. Outros tantos usam as suas igrejas para se elegerem e depois manterem os mandatos. Crivella é o homem da IURD, sigla bem mais forte que PRB, um partido “nanico” que de forte só tem mesmo a igreja do Edir Macedo.

Como o Crivella chama a atenção de todos para o IURD/PRB, assim como não quer nada, outros evangélicos vêm correndo por fora e um deles está me chamando à atenção pelo modo de agir. Até julho passado, o pastor da Assembléia de Deus, Everaldo Pereira, que é o presidente do “nanico” PSC, pregava e batia no peito para levar todas as suas “ovelhas” a votarem em José Serra para a Presidência da República na eleição de outubro.

Só que já no final do mês de agosto, o pastor Everaldo mudou o seu discurso e já “mandava” os seus fiéis votarem em Dilma Rousseff, a candidata do evangélico. Com isso, ele além de dar muitos dos “votos de cabresto” da sua igreja, também deu à Dilma, a candidata do Lula, mais três minutos diários no tempo de propaganda, tanto na televisão quanto no rádio.

Muita gente se perguntava o porquê daquela guinada do pastor, passando de uma hora para outra do Serra para Dilma sem nem ao menos explicar. Mas como nada fica sem uma explicação, um dia a máscara cai e a do pastor Everaldo já caiu.

Ele vendeu os votos das suas “ovelhas” e o tempo do partido. E isso veio às claras agora, quando o TSE divulgou que o PT doou ao PSC, para a campanha, nada mais, nada menos, que quatro milhões e setecentos mil reais.

Se isso não é compra e venda de votos, então eu não sei o que é.

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