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Sempre há um jeito para comprar

mais um voto

Gerson Tavares

Há mais de trinta anos que rola uma reivindicação do Movimento do Atingidos por Barragens (MAB), que são aqueles que criaram dificuldades para o governo na construção de hidroelétricas na Amazônia.

Depois de quase oito mandatos, dois dos quais do próprio Lula, nas vésperas do segundo turno das eleições onde a candidata Dilma Rousseff precisa se eleger e como, Lula descobriu que comprar votos não é uma coisa tão difícil, de um estalo ele resolveu que vai indenizar as famílias atingidas pelas obras que aconteceram naquela década de 70.

Lula assinou na terça-feira, em ato público no Palácio do Planalto o decreto que cria o “cadastro sócio econômico das famílias atingidas por barragens”. Assim elas terão "garantida a indenização" e condição de recomeçar a vida. Mas no fundo mesmo, Lula está garantindo apenas os votos dessas pessoas para a Dilma, porque o voto é agora, domingo, mas a “grana” sairá ou não. Afinal, quem esperou trinta anos pode muito bem esperar, sabe lá Deus até quando.

Em “defesa” dos votos para a candidata Dilma, o representante do MAB, Joceli Andreolli, fez uma defesa da candidata, falou que Dilma é uma defensora do oprimido e que combate as privatizações do governo tucano.

Mas no fundo, Andreolli estava ali também defendendo a compra dos votos para a Dilma unicamente por seu próprio interesse, pois ele sabe que mesmo que nada aconteça em relação às indenizações, a parte dele já está garantida.