quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Foi petista que violou dados
de Eduardo Jorge



Gerson Tavares


É a própria Receita Federal que está falando. A investigação da Receita Federal desmente categoricamente o servidor petista, Gilberto Souza Amarante, lotado em Formiga, estado de Minas Gerais, e afirma que ele acessou intencionalmente, sem motivação funcional, o banco de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, no dia 3 de abril de 2009.

Segundo as informações da RF, os indícios encontrados dão provas que o acesso não foi equivocado, mas sim, uma consulta direcionada. Este relatório foi assinado pela corregedoria na semana passada, mas só agora divulgado. E foi exatamente baseado disso, que foi pedida a abertura de um processo disciplinar contra o funcionário.

Esta apuração da Receita contradiz a versão do servidor Amarante, de que abriu os dados de Eduardo Jorge por simples "confusão". Amarante é filiado ao PT desde 2001 e ele alegou que buscava um "homônimo" do dirigente tucano. Mas esta possibilidade é totalmente descartada pela corregedoria. Está provado que o servidor tinha a intenção de violar os dados do tucano, tanto que em 41 segundos, abriu todas as informações, inclusive, sobre as empresas de Eduardo Jorge, acessando cerca de 10 páginas cadastrais.

Este resultado da apuração da Receita contraria frontalmente o discurso da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, que ainda na segunda-feira, logo após se classificar para disputar o segundo turno das eleições, em reunião com governadores e senadores eleitos, Dilma tentou referir-se só ao caso das violações de Mauá e Santo André, em que a Receita e a Polícia Federal buscam ainda descaracterizar o caráter político das quebras fiscais. Só esqueceu a “dona” Dilma das investigações de Minas Gerais, onde a investigação já aponta para um filiado ao PT, no acesso aos dados de Eduardo Jorge.

Não tem jeito. Onde se reúne um grupo de pessoas e tem um petista, sempre tem um “meliante”.

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