Analisando o governo Lula

Gerson Tavares

Sempre procuro entender os resultados das pesquisas que são divulgados sobre a “aceitação” pelo povo do governo Lula, ou ainda se preferirem, do governo petista. Nunca entendi bem e já cheguei a fazer um levantamento em todas as capitais dos estados do país, solicitando a dois amigos jornalistas de cada capital para que eles fizessem uma pesquisa, com cem citadinos cada um, para saber quantas pessoas já haviam respondido a alguma pesquisa sobre o assunto. Pois fiquei perplexo ao ver que 100% dos entrevistados responderam que “nunca” haviam sido se quer abordados por pesquisadores.

Para mim não foi uma surpresa, pois eu conheço esse negócio de pesquisa. Todas, indistintamente todas, são manipuladas. Muitas nem se quer chegam a acontecer. São feitas no próprio escritório do “Instituto de Pesquisa”, atrás do computador por qualquer um dos digitadores.

Mas como a opinião pública quem faz é o “nós”, fiquei esperando o resultado das urnas. Talvez ali estivesse à explicação para o “prestígio” do Lula. Dilma é um zero a esquerda, mas o prestigio do seu cabo eleitoral, aliás, o mais bem pago do país, não poderia deixar dúvidas. E foi assim que eu esperei com ansiedade o resultado total das urnas. E ele chegou trazendo a verdadeira história do “prestigio lulista”.

E dez dias antes da eleição a imprensa estampou a aceitação de Lula pela população. Aprovando o governo do PT lá estava estampado: 81%. Só 17% desaprovando o governo e 76% dizendo que confiava em Lula. Eu sempre desconfiado esperei o resultado da “minha pesquisa”. E resolvi desta vez esperar a resposta das urnas.

E assim mostro hoje o resultado da aprovação do governo Lula. Ele deixou de governar o Brasil para se dedicar à campanha pela sua substituta ao cargo, a Dilma Rousseff, e em resposta, mais de 27% dos eleitores se negaram a dar o seu voto a alguém. Uns votaram nulo, outros votaram em branco e outros ainda, deixaram de comparecer às urnas.

Olhando esse modo de “protesto” e somando aos votos dados aos candidatos José Serra, mais de 32%, Marina Silva com quase 20% e ainda os poucos dos outros candidatos, chega-se a conclusão que aquele percentual de aceitação de 81% está “um pouco furado”. Se o Lula só consegue passar para a candidata que é a “sua cara” 46% dos votos, como ele consegue ter aqueles 81% das pesquisas?

Gente, tudo isso não passa de mais uma “trambicagem” dos “aliados do mal”. Lula e companhia não passam de aproveitadores, de “pelegos” que estão querendo fazer de um governo, um simples sindicato.

Mas cuidado, porque este que a Dilma quer assumir já é, desde agora, o “Sindicato dos ladrões”.