terça-feira, 12 de outubro de 2010

COMENTANDO AS NOTÍCIAS
Dilma parte para ataque a Serra




Serra e Dilma
não falam o mesmo idioma

Foi o primeiro debate do segundo turno, mas já deu para notar o nível daquilo que irá acontecer daqui para frente. No primeiro embate Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) marcaram como ponto de polêmicas os temas como legalização do aborto, privatizações e corrupção. Pela primeira vez, a iniciativa de atacar partiu da petista.

Dilma começou falando que está sendo vítima de "calúnias, mentiras e difamações" e acusou o vice de Serra, Índio da Costa, de organizar grupos para atingi-la. Nesse momento, José Serra entrou no assunto do aborto: "Você disse que era a favor da liberação do aborto, depois disse que era contra. Aí se trata de ser coerente, de não ter duas caras". Dilma sem poder tirar as “duas caras”, contra-atacou chamando o tucano de "mil caras", aliás um termo muito usado por ela em todo o decorrer do debate. Coisa de quem não tem muito vocabulário.

A candidata do Lula disse ainda que foi o próprio Serra, quando ministro da Saúde, quem "regulamentou o acesso ao aborto" no SUS (Sistema Único de Saúde). Mas como o Serra sabe que ela não tem muito conhecimento daquilo que fala, respondeu que apenas acatou uma lei que existe desde 1940, antes mesmo dele ter nascido. Este é o caso do atendimento de abortos relacionados a estupros ou a risco de vida para a gestante, os únicos casos em que são permitidos pela legislação. E aproveitou para espetar a Dilminha: "Nunca defendi a liberação do aborto. Você defendeu e de repente muda. Com relação a Deus, é a mesma coisa. Em entrevistas, você diz que não sabe se acredita, se não acredita, e depois vira uma devota".

Dilma fazendo-se sempre de vítima, voltou à carga e disse ter sido vítima de ataques infundados da própria mulher do tucano, Monica Serra: "Ela disse que Dilma é a favor da morte de criancinhas". A petista acusou a campanha tucana de promover o "ódio" em um País marcado pela tolerância religiosa, étnica e cultural.

Mas como a candidata do Lula, dos petistas e dos “associados” sempre tentou levar o debate para o campo da agressão, resolvi economizar um pouco de energia desligando a TV.

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