segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Petrobras na berlinda

Gerson Tavares





Quando o assunto é “pilantragem” no governo petista, fica difícil a direção a ser apontada, mas de uns dias para cá já tem gente que não pensa duas vezes para apontar em direção à Petrobras.

Depois que o jornal O Globo estampou em manchete os negócios entre o amigo e ex-assessor da Dilma Rousseff, Ibanês Cezar Cássel que virou, de uma hora para outra, diretor da Empresa de Pesquisas Energéticas, a EPE, e a Petrobras, a candidata do Lula está muito perturbada. Não que ela não soubesse das “negociatas”, mas sim porque ela não esperava que mais esse escândalo viesse à tona antes do dia e como, o dia passou de 3 para 31 de novembro, ela está "muito da invocada”.

Como Dilma defende o Cássel com unhas e dentes, fico até com a impressão que ela tem participação nos lucros, já que o seu assecla trabalha ao seu lado desde que ela foi líder da equipe na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul. E como sempre, Dilma aproveita a oportunidade para “malhar” a imprensa. Disse que a matéria sobre o Cássel é ridícula e que outros empresários já foram ministros e ninguém falou nada. E foi aí que ela teve que ouvir que o questionamento não era por ser o Cássel sócio de uma empresa e sim, porque a empresa que ele é diretor faz "negociatas" com a Petrobras. Depois deste posicionamento, Dilma se calou e nada mais quis responder.

Depois a Dilma falou que é preciso ter muito cuidado com denúncias em período de campanha eleitoral, já eu digo a “dona” Dilma, que é preciso ser ético em qualquer época, aliás, coisa que o PT e o governo Lula não conseguiram ser em momento algum nestes oito anos de governo. A Petrobras tenta se defender e lógico, ajudar na campanha da Dilma, quando diz em seu blog que sempre fez licitações e que a empresa dirigida por Cássel sempre ganhou as licitações. Mas quando fala do evento “Porto Alegre – Uma Visão do Futuro”, que teve um “pequeno patrocínio” de cem mil reais da estatal, ela afirma que “cada projeto é único, não há concorrência e, portanto, não cabe licitação”.

De projeto “único” em projetos “únicos”, as “maracutaias” vai levando o dinheiro do povo. Mas como cada povo tem o governo que merece, eu que não mais me considero “povo”, vou acabar tendo que amargar mais quatro anos de desgoverno.

“Pare o Mundo que eu quero descer!"

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