ARMINIO FRAGA E O
“FOGO AMIGO”
Gerson Tavares
Desde algum tempo já se
fala que o economista Armínio Fraga está cotado para ser ministro da Fazenda,
se Aécio Neves ganhar a Presidência da República. Segundo o site 247, além de
ter dito que o salário mínimo cresceu demais nos últimos anos, Arminio defendeu
ainda que o candidato tucano logo de cara, caso ganhe no segundo turno, no
primeiro dia de mandato, deve tomar “medida impopulares”. Esse posicionamento
do “futuro ministro” só coloca a Dilma na “crista da onda”, acabando com
qualquer possibilidade de Aécio ter votação para sair vencedor. Ou o Arminio
está levando “grana” da turma do PT, ou então “malucô de vez”.
E daí vem àquela série
de perguntas: “Será que tais medidas seriam tão impopulares como o confisco da
poupança de milhares de brasileiros que o ex-presidente Fernando Collor de Melo
fez quando assumiu o poder como o primeiro presidente da República eleito pelo
voto direto, após o término da ditadura militar, quando foi eleito com o bordão
de ‘caçador de marajás’ e salvador da pátria”?
E Fraga consta como cotado para ser ministro da Fazenda num eventual governo Aécio
Neves, o “economista” defende a proposta colocada pelo
presidenciável tucano de adotar rapidamente, ainda no primeiro dia de mandato,
o que chamou de "medidas impopulares". E segundo o site 247, Arminio
falou que o custo de tomar as medidas porventura impopulares é muito menor do que
o de não tomar. E ainda falou que as pessoas têm de cair na real. Isso ele
disse em uma longa entrevista, quando defendeu um teto para o gasto público, a
autonomia do Banco Central, mais privatizações e disse ainda que o salário
mínimo cresceu demais nos últimos anos, acima da produtividade.
Bem,
quanto ao teto para o gasto público até existe lógica, já que nesses 12 anos
passamos pagando por coisas que nem aconteceram e quando aconteceram “custaram
os olhos da cara”. É só ver quanto custou a Copa do Mundo, o mais caro “cabo
eleitoral” que o Lula havia contratado para reeleger a Dilma. E ainda o que está custando a transposição do Rio São Francisco, que é um dos grandes crimes que o PT está praticando contra a natureza, mas que praticamente está no "ponto zero" e o dinheiro não para de sumir. Quanto a autonomia do BC, até pode ser que traga algum alento para os cofres da República, claro, se o
presidente do banco for gente honesta e não essa "quadrilha" que andou por lá nos últimos anos. Já as privatizações, será difícil que tenhamos
mais que aquelas que aconteceram até hoje, mas se as privatizações vierem para
diminuir os déficits que as empresas estatais dão ao País, por que não? A
Petrobras está aí como exemplo. “O petróleo é nosso”, mas a Petrobras é deles, dos “bandidos”.
Mas na
verdade nada mais impopular que deixar roubar, aliás, isso é o que mais sabe fazer a
“dona” Dilma Rousseff e assim sendo, a senadora Gleisi Hoffmann cobrou dos oposicionistas
que explicitem que medidas seriam essas.
Mas uma coisa deixa a ideia que Arminio Fraga está trabalhando para o inimigo. E é exatamente quando ele fala do salário mínimo. Diz ele: "É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho".
Só que o Arminio não
sabe distinguir salário de esmolas. Esta na Constituição que o salário mínimo
tem que dar condições aos trabalhadores de proverem suas famílias. Mas como o PT
precisa dar “esmola” para o povão e nas eleições trocar pelos votos, foram instituídas as mais variadas “bolsas” para
assim, enganar o eleitor menos aquinhoado de que, falando do caso atual, a Dilma é quem
está dando dinheiro para que ele coma e beba, aliás, beba mais que coma.
Quanto ao gasto público,
ele diz que “o Brasil precisa, urgentemente, pensar numa reforma tributária que
simplifique o sistema. Isso envolveria, essencialmente num primeiro momento,
todo o aparato de tributação indireta. ICMS. IPI. Organizar e simplificar seria
muito bom. Cabe mencionar que, a meu ver, o crescimento da carga tributária
precisa ser limitado. Para isso, volto um pouquinho ao lado macro - o Brasil
precisa também adotar um limite para relação gasto público e PIB".
Sabe quando vamos
resolver o problema do gasto público? “Só quando a galinha criar dentes”.
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