sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Procuradoria afirma que Lava Jato é ‘técnica e apartidária’.


LULA E DILMA EM MAUS LENÇÓIS

Gerson Tavares
 








“Quem tem boca fala o que quer”, mas depois tem que encarar as consequências. Por tudo que os petistas estão falando, a Procuradoria da República no Paraná reagiu às críticas do PT e do governo que atribuíram “caráter eleitoral” à realização dos depoimentos na Justiça Federal, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef, personagens centrais da Operação Lava Jato.

“A atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, nos procedimentos decorrentes da Operação Lava Jato que tramitam perante a 13.ª Vara Federal Criminal, é estritamente técnica, imparcial e apartidária”. Esta é a afirmação da Procuradoria. E segundo os procuradores que integram a força tarefa da “Lava Jato”, a meta é esclarecer todos os fatos “para, se for o caso, serem aplicadas punições a quem quer que sejam os responsáveis”.

Mas o PT e o governo da Dilma resolveram condenar publicamente a divulgação dos depoimentos de Costa e de Youssef, realizados em uma das ações judiciais da “Lava Jato” naquela quarta-feira, dia 8 de outubro.

Dizem que os depoimentos não têm relação com as delações premiadas que Costa já fez e que Youssef está fazendo. Eles foram ouvidos como réus em processo por lavagem de dinheiro e corrupção nas obras da refinaria Abreu e Lima. Mas, na verdade, bandido quando acuado, quer vencer a briga no grito. Por isso, referindo-se às delações de Costa e de Youssef, perante o Supremo Tribunal Federal, os procuradores anotam. “Outras declarações prestadas pelos acusados, em procedimentos investigativos que não fazem parte deste processo, possuem regramento próprio e não podem ser confundidos com os interrogatórios da ação penal pública.”

E a Procuradoria deixa claro: “Os depoimentos obedeceram aos prazos fixados para procedimentos com réus presos”. Isso em referência a Costa e a Youssef que foram presos por ordem judicial desde a deflagração da Lava Jato.

Como se nem existissem Lula e Dilma, a Procuradoria, sem citar o PT ou o governo, destaca que réus presos “possuem o direito de serem julgados no menor prazo possível, independentemente de considerações externas ao seu processo”.

E a explicação é verdadeira, já que um “Eventual adiamento de atos poderia acarretar a soltura dos réus em decorrência de excesso de prazo, quando sua prisão foi decretada por estrita necessidade cautelar”. Belo argumento da Procuradoria.


Assim sendo, que Lula e Dilma "tomem tento”. 

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