LULA E DILMA EM MAUS LENÇÓIS
Gerson Tavares
“Quem tem boca fala o
que quer”, mas depois tem que encarar as consequências. Por tudo que os
petistas estão falando, a Procuradoria da República no Paraná reagiu às
críticas do PT e do governo que atribuíram “caráter eleitoral” à realização dos
depoimentos na Justiça Federal, do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef,
personagens centrais da Operação Lava Jato.
“A atuação da Polícia
Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, nos procedimentos
decorrentes da Operação Lava Jato que tramitam perante a 13.ª Vara Federal
Criminal, é estritamente técnica, imparcial e apartidária”. Esta é a afirmação
da Procuradoria. E segundo os procuradores que integram a força tarefa da “Lava
Jato”, a meta é esclarecer todos os fatos “para, se for o caso, serem aplicadas
punições a quem quer que sejam os responsáveis”.
Mas o PT e o governo da
Dilma resolveram condenar publicamente a divulgação dos depoimentos de Costa e
de Youssef, realizados em uma das ações judiciais da “Lava Jato” naquela
quarta-feira, dia 8 de outubro.
Dizem que os
depoimentos não têm relação com as delações premiadas que Costa já fez e que
Youssef está fazendo. Eles foram ouvidos como réus em processo por lavagem de
dinheiro e corrupção nas obras da refinaria Abreu e Lima. Mas, na verdade,
bandido quando acuado, quer vencer a briga no grito. Por isso, referindo-se às
delações de Costa e de Youssef, perante o Supremo Tribunal Federal, os
procuradores anotam. “Outras declarações prestadas pelos acusados, em
procedimentos investigativos que não fazem parte deste processo, possuem
regramento próprio e não podem ser confundidos com os interrogatórios da ação
penal pública.”
E a Procuradoria deixa
claro: “Os depoimentos obedeceram aos prazos fixados para procedimentos com
réus presos”. Isso em referência a Costa e a Youssef que foram presos por ordem
judicial desde a deflagração da Lava Jato.
Como se nem existissem
Lula e Dilma, a Procuradoria, sem citar o PT ou o governo, destaca que réus
presos “possuem o direito de serem julgados no menor prazo possível,
independentemente de considerações externas ao seu processo”.
E a explicação é
verdadeira, já que um “Eventual adiamento de atos poderia acarretar a soltura
dos réus em decorrência de excesso de prazo, quando sua prisão foi decretada
por estrita necessidade cautelar”. Belo argumento da Procuradoria.
Assim sendo, que Lula e
Dilma "tomem tento”.
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