sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Denúncia de uso dos Correios é “absurda”. Pelo menos é o que diz a Dilma.


CORREIOS É CABO ELEITORAL

Gerson Tavares 
 






Existe aquele momento em que ficar calado é o melhor negócio e a Dilma, que não é boba nem nada, alegou rouquidão para falar o mínimo possível, já que o assunto não era agradável.

Foi então, que em poucas palavras, a presidente Dilma Rousseff classificou como "um absurdo" a denúncia apresentada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, que apresentou vídeo mostrando o deputado estadual Durval Ângelo, do PT mineiro, falando que o "dedo forte dos petistas nos Correios" foi que elevou o desempenho eleitoral dela em Minas Gerais, chegando a 40% das intenções de votos no Estado.

E Dilma resolveu fazer a arguição do dia: "Eu vou perguntar uma coisa para vocês, jornalistas. Vocês são jornalistas, vocês acreditam nisso?". E assim, como em um desabafo, Dilma evitou se estender sobre o tema, alegando estar com uma rouquidão muito forte. Bela saída para quem não tem outra.

A presidente Dilma falou serem essas denúncias fruto das eleições: "Nós estamos vivendo um momento eleitoral, que fica uma situação um pouco nervosa. Isso é um absurdo, pô!". Será que esse “pô” vem de porra?

Mas ao ser questionada se os Correios estariam trabalhando a favor da sua candidatura, Dilma desconversou: "gente, eu não vou responder. Eu dei entrevista para vocês, estou sem voz. Estou tentando fazer gargarejo". Mas será que só falta voz na hora de responder aquelas perguntas que possam esclarecer as verdades?

E daí para frente ela resolveu não mais falar. Evitando tudo e todos, ela foi saindo do salão de entrada do Palácio da Alvorada, onde não havia concedido àquela entrevista, subiu a rampa interna e deixou o local, evitando responder às acusações do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que havia dito ter recebido denúncia de que, nas últimas 24 horas, os Correios, em Minas Gerais, não distribuíram as correspondências do candidato ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e dele, em todo Estado mineiro.

Aquela saída estratégica foi mostra que a Dilma sabia que era hora de calar para evitar mais desgaste em sua tão mentirosa campanha. Ela sabia que estava no segundo turno e o silêncio naquele momento era o melhor caminho.

Cos as eleições batendo à porta, Dilma sabia que só calada ela conseguiria que o povão, aquele que recebe “esmola” do governo, esse sim, tem que continuar acreditando que é ela quem dá as "bolsas". 

Aliás, este será o tema da segunda-feira: "Bolsa-Família". 

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