quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Presidente da OAB/DF pede veto ao registro de Joaquim Barbosa como advogado.


SERÁ RETALIAÇÃO?

Gerson Tavares
 








Neste Brasil em que vivemos ninguém pode pensar sem estar em acordo com os falsos cidadãos. E neste caso está o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa. E é exatamente por um dia ter tentado “colocar ordem na zona”, fazendo com que advogados e bacharéis que vivem de “bicos tortos”, que foi tomado de surpresa com um documento encaminhado à Comissão de Seleção da seccional da entidade, pelo presidente da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ibaneis Rocha Barros Junior, onde pede a impugnação do pedido de inscrição na Ordem feito pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. O Ibaneis relembra episódios em que ex-ministro criticou advogados.

É bom que se diga que é por meio do pedido de inscrição que os bacharéis em Direito, incluindo ex-ministros como Barbosa, fazem suas carteirinhas na entidade, um documento obrigatório para o exercício da advocacia. Os pedidos são analisados pela Comissão de Seleção da seccional onde foram feitos. No caso de Barbosa, sua solicitação foi realizada no dia 19 de setembro.

E Ibaneis, no pedido de impugnação que foi encaminhada à Comissão de Seleção da OAB/DF, lista ao menos sete episódios em que Barbosa teria ofendido a classe dos advogados. E assim coloca: “Quando o Requerente (Joaquim Barbosa”) ocupou a Presidência do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal seus atos e suas declarações contra a classe dos advogados subiram de tom e ganharam grande repercussão nacional”. E dentre os episódios elencados, o mais grave para advogados como o Ibaneis Junior, está o posicionamento de Joaquim Barbosa em junho deste ano, ao analisar o pedido de “trabalho” externo que foi feito pelo atual “bandido condenado” e ex-ministro, o Zé Dirceu, que para salvar o “chefão”, assumiu ser o chefe da “quadrilha do mensalão petista". Zé queria trabalhar no escritório de José Gerardo Grossi, como se isso fosse verdade, já que não podemos esquecer que o Zé, como quase todos os petistas, nunca foi de trabalho.

”No caso sob exame, além do mais, é lícito vislumbrar na oferta de trabalho em causa mera action de complaisance entre copains, (ação entre companheiros) absolutamente incompatível com a execução de uma sentença penal”.

Já em outro episódio, também em junho deste ano, Barbosa expulsou o advogado Luiz Fernando Pacheco, do plenário do Supremo. Na ocasião, o advogado defendia o ex-presidente do PT e subiu à tribuna para pedir urgência na análise do recurso que pedia a saída de Genoino da prisão, alegando motivos de saúde. Aliás, acho que Joaquim neste episódio foi realmente fraco: Por que nãop deu voz de prisão àquele “alucinado advogado”, que para todos que assistiram ao “espetáculo”, estava pelo menos bêbedo.

Claro que as posturas do ex-ministro o levaram a ser alvo de ao menos dois desagravos pela OAB/DF além de ter recebido notificações do Conselho Federal da OAB. Afinal, tudo que foi contra a “quadrilha”, a OAB estava sempre se doendo.

Agora vamos esperar para ver como vai ser o atendimento do pedido de impugnação da inscrição de Barbosa. Resta saber se esse Ibaneis “tem o rabo dos conselheiros nas mãos”.


Os políticos brasileiros estão em boas companhias.  

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