SERÁ RETALIAÇÃO?
Gerson Tavares
Neste Brasil em que
vivemos ninguém pode pensar sem estar em acordo com os falsos cidadãos. E neste
caso está o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa. E é exatamente por um dia
ter tentado “colocar ordem na zona”, fazendo com que advogados e bacharéis que
vivem de “bicos tortos”, que foi tomado de surpresa com um documento
encaminhado à Comissão de Seleção da seccional da entidade, pelo presidente da
seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ibaneis Rocha
Barros Junior, onde pede a impugnação do pedido de inscrição na Ordem feito
pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. O Ibaneis relembra
episódios em que ex-ministro criticou advogados.
É bom que se diga que é
por meio do pedido de inscrição que os bacharéis em Direito, incluindo
ex-ministros como Barbosa, fazem suas carteirinhas na entidade, um documento
obrigatório para o exercício da advocacia. Os pedidos são analisados pela
Comissão de Seleção da seccional onde foram feitos. No caso de Barbosa, sua
solicitação foi realizada no dia 19 de setembro.
E Ibaneis, no pedido de
impugnação que foi encaminhada à Comissão de Seleção da OAB/DF, lista ao menos
sete episódios em que Barbosa teria ofendido a classe dos advogados. E assim
coloca: “Quando o Requerente (Joaquim Barbosa”) ocupou a Presidência do
Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal seus atos e suas
declarações contra a classe dos advogados subiram de tom e ganharam grande
repercussão nacional”. E dentre os episódios elencados, o mais grave para
advogados como o Ibaneis Junior, está o posicionamento de Joaquim Barbosa em
junho deste ano, ao analisar o pedido de “trabalho” externo que foi feito pelo
atual “bandido condenado” e ex-ministro, o Zé Dirceu, que para salvar o
“chefão”, assumiu ser o chefe da “quadrilha do mensalão petista". Zé
queria trabalhar no escritório de José Gerardo Grossi, como se isso fosse
verdade, já que não podemos esquecer que o Zé, como quase todos os petistas,
nunca foi de trabalho.
”No caso sob exame,
além do mais, é lícito vislumbrar na oferta de trabalho em causa mera action de
complaisance entre copains, (ação entre companheiros) absolutamente
incompatível com a execução de uma sentença penal”.
Já em outro episódio,
também em junho deste ano, Barbosa expulsou o advogado Luiz Fernando Pacheco,
do plenário do Supremo. Na ocasião, o advogado defendia o ex-presidente do PT e
subiu à tribuna para pedir urgência na análise do recurso que pedia a saída de
Genoino da prisão, alegando motivos de saúde. Aliás, acho que Joaquim neste
episódio foi realmente fraco: Por que nãop deu voz de prisão àquele “alucinado
advogado”, que para todos que assistiram ao “espetáculo”, estava pelo menos
bêbedo.
Claro que as posturas
do ex-ministro o levaram a ser alvo de ao menos dois desagravos pela OAB/DF
além de ter recebido notificações do Conselho Federal da OAB. Afinal, tudo que
foi contra a “quadrilha”, a OAB estava sempre se doendo.
Agora vamos esperar
para ver como vai ser o atendimento do pedido de impugnação da inscrição de
Barbosa. Resta saber se esse Ibaneis “tem o rabo dos conselheiros nas mãos”.
Os políticos
brasileiros estão em boas companhias.
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