SALVANDO VOTOS
O
presidente da CPI mista, senador Vital do Rego, que é do PMDB da Paraiba, aliás,
partido que faz parte do bloco do governo Dilma Rousseff, admitia a
possibilidade de escutar o doleiro Alberto Youssef antes do segundo turno das
eleições.
Mas
de uma hora para outra, Vital resolveu que Youssef deverá ser ouvido só na
quarta-feira, dia 29, após o segundo turno das eleições. Na semana passada, ele
chegou a falar que o depoimento deveria ocorrer nesta quarta-feira, amanhã, dia
22, aliás, no mesmo dia em que a CPI vai ouvir o atual diretor de Abastecimento
da estatal, José Carlos Cosenza. O colegiado já havia aprovado um requerimento
de convocação de Youssef, mas como pelo regimento do Congresso, cabe ao
presidente da CPI marcar o dia do depoimento, naturalmente veio uma ordem de
cima e ele tratou de “empurrar com a barriga” aquele momento.
Por
que será que aconteceu essa mudança assim de uma hora para outra? Será que tem
como causa a revelação de que a campanha da senadora e ex-ministra Gleisi
Hoffmann em 2010 recebeu ajuda de R$ 1 milhão a pedido de Youssef?
Mas
para tudo que acontece e possa prejudicar o candidato que o contratou, o marqueteiro sempre tem uma saída. Depois de acertos, o Vital do Rego falou que tem
encontrado dificuldades para marcar as audiências no período eleitoral. Ele
alegou que é preciso cuidar da logística com a Polícia Federal e com a Justiça
Federal do Paraná a fim de garantir a presença do doleiro.
Para
o presidente da CPI, não faz diferença, para as investigações, se o depoimento
do doleiro ocorrer nesta semana ou na próxima, mas Vital esquece que a "chefe" da quadrilha é candidata a reeleição e então a verdade é bem diferente. E esta diferença poderá estar no resultado das urnas desse domingo que está chegando. Com a Gleisi, que é o “braço esquerdo” da Dilma, sendo “julgada”,
os votos poderão mudar de lado, já que o povão está cheio de tanta corrupção.
É sempre assim. “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.
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