COMO SEMPRE DIGO,
“QUEM TEM, TEM MEDO”
Gerson Tavares
Até mesmo porque o PT não tem um nome ‘natural’ para pleitear o cargo, apesar de a cúpula do PT
defender o seu nome para 2018, Luiz Inácio já está colocando as "barbas de
molho". E pessoas mais próximas ao Lula afirmam que ele prefere que um quadro
novo dispute o Palácio do Planalto daqui a quatro anos. Isso não quer dizer que
Lula é “bonzinho” e sim, que ele tem medo de naufragar em uma próxima tentativa, depois daquilo que poderá acontecer nos próximos quatro anos.
Claro que ele não
descarta em definitivo ser candidato, mas ele entende que o PT não irá resistir
a mais esses quatro anos de desmandos. Então Lula diz que já cumpriu seu papel
e não sabe como estará sua saúde até lá. Aí entra aquele artifício que já foi usado
no passado e que deu certo. O câncer da Dilma garantiu a sua primeira eleição e
o povo, que é muito emotivo, poderia cair em mais uma esparrela.
Esta é uma das questões pela
qual o PT não tem um nome “natural” para pleitear o cargo e a outra é a onda da volta do
ex-presidente, que também serve para ganhar tempo e evitar uma luta interna pela vaga. Eles
são analfabetos, mas não são bobos.
Já dizem que com a
reeleição da presidente Dilma Rousseff, cresce dentro do partido a
possibilidade de construir uma candidatura sem ser a de Lula, inclusive
investir em um ministro, como fez Lula com Dilma, que foi titular da Casa Civil
e, antes, de Minas e Energia, aliás, quando ela começou a delinquir depois da
anistia. Mas claro que esse quadro dependerá de como Dilma concluirá seu
segundo mandato na Presidência, já que estão em andamento vários crimes que ela
está como a “chefona” e assim sendo, sua avaliação boa ou não pelo eleitorado
poderá pesar na balança.
E na verdade, quando a Dilma
falou em seu discurso da vitória que quer a união, os nomes que já estão
correndo atrás de candidatura, são os de Aloizio Mercadante que é ministro da Casa
Civil, e também o do governador da Bahia, Jaques Wagner. “Jaquis Vagui”, como falaria o Lula, elegeu seu sucessor no primeiro turno e é dado como certo em um
ministério de Dilma a partir do ano que vem. Mas como nada é impossível, já existem
petistas afirmando que, se o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fizer uma
boa gestão e sair bem-visto pela população, poderia ser uma possibilidade para
o partido. Mas essa eu pago para ver, Haddad fazer boa gestão na cidade de São
Paulo.
Mas como foi o Lula
quem decidiu pela candidatura de Dilma à Presidência da República, em 2010;
pela de Haddad para a Prefeitura de São Paulo; e, este ano, pela de Alexandre
Padilha para o governo de São Paulo, mesmo com a derrota de Padilha, de qualquer
modo, a palavra final será de Lula.
E é isso dá para notar
quando o presidente do PT, o Rui Falcão, deixou claro: “Seria bom que o Lula
voltasse. É garantia de continuidade do nosso projeto”.
Resta saber qual o
projeto, não do partido, mas sim, qual o projeto para o País.
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