BANDIDOS QUEREM FICAR
LIVRES PARA VOAR
Gerson Tavares
Na semana passada o
juiz Sérgio Fernando Moro, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, se viu
obrigado a enviar ofício ao ministro Teori Zavazcki, do Supremo Tribunal
Federal (STF) em que informa sobre o risco de fuga do doleiro Alberto Youssef,
alvo maior da “Operação Lava Jato”, aquela investigação sobre lavagem de
dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões e que poderá atingir até gente do
governo.
Tudo porque o Teori,
que não tem nem mesmo “teoria” para ser ministro, mas que por acertos com a
Presidência da República está lá na “Casa Grande da Justiça”, mandou soltar
todos os investigados que foram presos pela “Operação Lava Jato”, acolhendo
reclamação da defesa do engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás. O ministro
também mandou que todos os outros processos da “Lava Jato” sejam enviados ao
STF, onde ele pensa que vai poder manejar como é de interesse do governo
federal.
Mas o juiz Sérgio Moro
ressaltou que seu objetivo é unicamente esclarecer o total alcance da decisão.
“A fim de evitar que os processos, a ordem pública e a aplicação da lei penal
sejam expostas a riscos por mera interpretação eventualmente equivocada de
minha parte”. E então o juiz informou ao ministro que mandou expedir alvará de
soltura do engenheiro, mas fez uma consulta ao “teórico” ministro para que
esclareça sobre o “alcance da decisão, já que não foram nominados os acusados
que devem ser soltos e os processos que devem ser remetidos ao Supremo Tribunal
Federal”.
Sérgio Moro assinala
que outros processos no âmbito da “Lava Jato” não têm Paulo Roberto Costa como
denunciado. São investigações sobre tráfico de 698 quilos de cocaína e lavagem
de dinheiro produto de tal crime. Ele cita o investigado René Luiz Pereira,
acusado de ser o mandante de remessa de 55 quilos da droga apreendidos em
Valência, na Espanha. E o juiz federal observa que “Há indícios de que (René)
compõe grupo organizado transnacional com diversas conexões no exterior e
dedicado profissionalmente ao tráfico de drogas”.
Ele destaca que esta
ação penal também tem por acusados Sleiman Nassim El Kobrossy, Maria de Fátima
Stocker, Carlos Habib Chater, André Catão de Miranda e Alberto Youssef este o
alvo principal da Lava Jato. “Um deles, Sleiman, que não foi preso
preventivamente, já está foragido”, informa o juiz no ofício ao ministro Teori
Zavascki, mostrando claramente que com a atitude, o “teórico” pode estar preparando
uma grande fuga do País. E ele escreveu: “Outro está preso na Espanha. Assim,
muito respeitosamente, indago à V.Ex.ª o alcance da decisão referida, se este
feito de tráfico de drogas e lavagem também deve ser remetido ao Supremo
Tribunal Federal e se devem ser colocados soltos os acusados neste feito, entre
eles Renê Luiz Pereira, preso por risco à ordem pública pelos indícios de
envolvimento em organização criminosa responsável por tráfico de cerca de 750
kg de cocaína.”
E como Moro não veio ao
mundo para passear, também observa que “entre os outros feitos originados na
assim denominada Operação Lava-jato, encontram-se as ações penais
5026243-05.2014.404.7000, 5026663-10.2014.404.7000 e 5025699-17.2014.404.7000
que têm por objeto, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro envolvendo três
grupos distintos dirigidos por supostos doleiros, um dirigido por Carlos
Chater, outro por Nelma Kodama e o terceiro por Alberto Youssef”.
E Moro perguntou se
estas três ações penais também deveriam ser remetidas ao Supremo Tribunal
Federal e se deveriam ser colocados soltos os acusados neste feito, entre eles
Carlos Chater, Nelma Kodama e Alberto Youssef. E então só faltava a informação, mas
que ele deixaria ali o aviso: “Informo por oportuno que há indícios,
principalmente dos dois últimos, que eles mantêm contas no exterior com valores
milionários, facilitando eventual fuga ao exterior e com a possibilidade de
manterem posse de eventual produto do crime”.
O juiz observa, ainda,
que a doleira Nelma Kodama foi presa em flagrante nas vésperas da operação “Lava
Jato”, em tentativa de fuga do país quando levava, no aeroporto de Guarulhos,
200 mil euros escondidos na roupa íntima.
Foi então que o
ministro Teori Zavazcki resolveu tirar da reta e voltou atrás em sua empreitada
de “liberar geral”.
Não podemos esquecer
que esses doleiros são do grupo forte na compra da Refinaria de Pasadena. Coisa
bem petista e não podemos esquecer que o Teori Zavazcki e indicação de Dilma.
Será que os fatos se encaixam?
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