terça-feira, 13 de maio de 2014

Executivo afirma que Petrobrás sabia de suspeitas sobre propina desde 2012.


TODOS SABIAM, MAS

NINGUÉM QUERIA ENTREGAR

Gerson Tavares
 










Em depoimento ao Ministério Público Federal do Rio, o representante da SBM Offshore no Brasil, Philippe Jacques Levy, afirmou que integrantes da Petrobrás sabiam das suspeitas de pagamento de suborno a funcionários da estatal desde 2012.

E é aí que cai sobre a Graça Fortes uma boa parcela de culpa. Apesar do alerta de integrantes da cúpula da própria empresa holandesa, a presidente da Petrobrás, só determinou a instalação de auditoria interna para apurar o caso quase um ano e meio depois, em 18 de fevereiro, seis dias após o vazamento da denúncia pelo Wikipédia. Mas a culpa continuou de plantão e mesmo depois de concluída, 45 dias após, a apuração interna avaliou que não houve pagamento de propina. 

O depoimento, a que o "Broadcast Político" teve acesso, durou cerca de três horas e foi dado em 3 de abril, na sede do Ministério Público do Rio. Nele, o francês Levy diz que anualmente o CEO da SBM tem reuniões com a diretoria da Petrobrás.

Levy disse ter testemunhado o encontro de 2012, no qual foram abordadas as suspeitas de suborno com alguns executivos, entre eles o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, José Miranda Formigli, o gerente executivo da área, Erardo Barbosa, e o gerente executivo Osmond Coelho, da área Internacional.

No documento está escrito com todas as letras: "Perguntado quando e a quem a SBM informou a Petrobrás acerca das suspeitas de pagamentos indevidos, respondeu que anualmente o CEO da SBM tem reunião com a diretoria da Petrobrás, e, na reunião de 2012, salvo engano, em agosto, o declarante estava presente quando o assunto foi abordado, estando presentes, pela Petrobrás, Formigli, Osmond Coelho e Erardo e, pela SBM, além do declarante, Bruno Chabas e Oliver Kassam".

E o Levy, que não perdoa, diz que já em um segundo encontro, no primeiro semestre de 2013, o assunto voltou a ser comentado "sempre brevemente, porque as apurações ainda estavam em andamento".

E foi assim que chegamos até 2014 para descobrir que a Petrobras está em mãos de "bandidos" desde que a Dilma assinava pelo Conselho.

Será que vamos precisar de outra saída para que no Brasil que não aconteça uma eleição em meio a este quadro triste de nossa política? Aliás, eleição até pode acontecer, mas pessoas envolvidas neste escândalo não poderiam em hipótese alguma chegar perto de palanque algum e acima de tudo, ser candidato ou pedir voto para alguém.   

Espero que de Dilma até a Graça Foster, todos eles estejam longe da política e, de preferência, dentro da Papuda.   

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