NA
TRIBUNA DO SENADO, COLLOR
COMEMORA
ABSOLVIÇÃO NO STF
Depois de crucificado,
Fernando acha que ressuscitou. Estou falando do senador Fernando Collor, do PTB/AL,
que comemorou na tribuna do Senado, o fato de ter sido absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) da acusação de envolvimento num esquema de desvio de
verba pública por meio de contratos de publicidade por falta de provas. E
destacou para se sentir vingado: “Em verdade, esse novo julgamento, essa nova
absolvição possui, em especial, o mérito e a virtude de passar a limpo o País
no que tange ao meu período à frente da Presidência da República".
E tudo aconteceu por falta
de provas. Como está difícil de acusar alguém nos dias de hoje, Collor foi
absolvido da acusação de envolvimento num esquema de desvio de verba pública
por meio de contratos de publicidade. Conforme a denúncia, o dinheiro
beneficiava empresários que, em troca, pagavam despesas pessoais do presidente,
como a pensão alimentícia a um filho que Collor tivera fora do casamento.
Pelos crimes de
falsidade ideológica e corrupção passiva, cinco ministros votaram pela
absolvição por falta de provas. Foram eles, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz
Fux, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski. Já outros três ministros
apenas declaravam a prescrição dos crimes, sem analisar as provas e argumentos
da acusação e da defesa. Pelo crime de peculato, todos os ministros votaram
pela absolvição.
No discurso, além de se
defender e se dizer injustiçado, Collor atacou o presidente do Supremo, Joaquim
Barbosa. E falou: "O senhor presidente da Suprema Corte do País tem uma
carência de liturgia para o exercício do seu cargo". Collor destacou ainda
que Barbosa, ao proclamar o resultado do julgamento, o fez de "forma
desmerecedora e embaraçosa, deturpando completamente o parecer da ministra
relatora e reinterpretando desidiosa e deformadamente os fatos". Desculpe
Collor, mas você tem mais é que se dar por satisfeito de ainda estar na
política. Daí a pensar que tem direito a “honrarias”, vai uma distância muito
grande.
Ao final da sessão de
julgamento, o presidente do STF disse a jornalistas "que cada um tire sua
conclusão". "Isso é um retrato de como funciona a Justiça criminal
brasileira. Com tropeços, com mil dificuldades. É isso. Esse caso chegou aqui
em 2007, ou seja, passados 15 anos. Vocês tirem as suas conclusões", disse
Barbosa, na ocasião. E o Collor se sentiu no direito de rebater: "Sinceramente,
não é essa a conduta, a razoabilidade, o estoicismo que se espera de um chefe
de poder da República".
Quer saber Collor?... “Vai tomar
caju!”.
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