terça-feira, 6 de maio de 2014

Agora ninguém mais suporta o Collor

NA TRIBUNA DO SENADO, COLLOR

COMEMORA ABSOLVIÇÃO NO STF






Depois de crucificado, Fernando acha que ressuscitou. Estou falando do senador Fernando Collor, do PTB/AL, que comemorou na tribuna do Senado, o fato de ter sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de envolvimento num esquema de desvio de verba pública por meio de contratos de publicidade por falta de provas. E destacou para se sentir vingado: “Em verdade, esse novo julgamento, essa nova absolvição possui, em especial, o mérito e a virtude de passar a limpo o País no que tange ao meu período à frente da Presidência da República".

E tudo aconteceu por falta de provas. Como está difícil de acusar alguém nos dias de hoje, Collor foi absolvido da acusação de envolvimento num esquema de desvio de verba pública por meio de contratos de publicidade. Conforme a denúncia, o dinheiro beneficiava empresários que, em troca, pagavam despesas pessoais do presidente, como a pensão alimentícia a um filho que Collor tivera fora do casamento.

Pelos crimes de falsidade ideológica e corrupção passiva, cinco ministros votaram pela absolvição por falta de provas. Foram eles, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski. Já outros três ministros apenas declaravam a prescrição dos crimes, sem analisar as provas e argumentos da acusação e da defesa. Pelo crime de peculato, todos os ministros votaram pela absolvição.

No discurso, além de se defender e se dizer injustiçado, Collor atacou o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. E falou: "O senhor presidente da Suprema Corte do País tem uma carência de liturgia para o exercício do seu cargo". Collor destacou ainda que Barbosa, ao proclamar o resultado do julgamento, o fez de "forma desmerecedora e embaraçosa, deturpando completamente o parecer da ministra relatora e reinterpretando desidiosa e deformadamente os fatos". Desculpe Collor, mas você tem mais é que se dar por satisfeito de ainda estar na política. Daí a pensar que tem direito a “honrarias”, vai uma distância muito grande.

Ao final da sessão de julgamento, o presidente do STF disse a jornalistas "que cada um tire sua conclusão". "Isso é um retrato de como funciona a Justiça criminal brasileira. Com tropeços, com mil dificuldades. É isso. Esse caso chegou aqui em 2007, ou seja, passados 15 anos. Vocês tirem as suas conclusões", disse Barbosa, na ocasião. E o Collor se sentiu no direito de rebater: "Sinceramente, não é essa a conduta, a razoabilidade, o estoicismo que se espera de um chefe de poder da República".


Quer saber Collor?... “Vai tomar caju!”.

Nenhum comentário: