segunda-feira, 5 de maio de 2014

Padilha até já escolheu a Papuda como seu novo endereço.



PF VÊ INFLUÊNCIA DE 

DOLEIRO SOBRE PADILHA

Gerson Tavares
 






Esta é uma coisa que todos já esperavam, mas eu vou contar que a Polícia Federal resolveu apontar “influência política” do doleiro Alberto Youssef, que é o alvo maior da “Operação Lava Jato” sobre o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, aquele que é o candidato ao governo de São Paulo pelo PT. Mesmo sendo tratada apenas como suspeita, existe uma cópia de um diálogo que interceptado pela PF, entre “Primo”, que é o vulgo do Youssef, e a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, no dia 5 de março, através de um aplicativo de mensagem instantânea.

Neste dialogo Nelma quer saber se Youssef “tem acesso atualmente” ao delegado-geral da Polícia Civil paulista e cita o nome Maurício Blazeck, que vem ocupando o cargo desde novembro de 2012. Nelma diz que “queria um cargo para um amigo” dela no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

E é aí que o doleiro entrega o jogo: “Se o Padilha ganhar o governo ajudo ele e muito”. Para a PF, o diálogo grampeado “indica possivelmente que (Youssef) tem influência política junto ao candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha”. E já que há tanta influência Nelma segue a sua pressão: “Tá bom. Eu quero então acesso ao delegado geral de sp prá um cargo”.

Mas a coisa não para por aí. Em outro momento, ela solicita a Youssef que entre em contato através do skype e indica o contato: ‘joaquina_apazza'. A PF conclui que os dois “possivelmente passaram a conversar através deste dispositivo”.

E como o Padilha não é investigado pela “Lava Jato”, as pessoas ficam na dúvida, mas não podemos esquecer que o nome dele é citado em outros documentos da PF. No relatório principal, que resultou na ordem de prisão de Youssef e seu grupo, os investigadores revelam o empenho do doleiro para emplacar o laboratório Labogen Química Fina em negócio milionário da Saúde, na gestão do petista. A PF juntou aos autos cópia do projeto de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do ministério e anexou uma fotografia do ex-ministro em um evento.

Em um relatório, a PF transcreve diálogos entre o doleiro e o deputado André Vargas, que já se desfiliou do PT, que numa conversa com Youssef, diz que foi Padilha quem indicou um ex-assessor na Saúde para ocupar cargo no Labogen.

A nova citação a Padilha está no caminho certo. O trecho em que Nelma indaga Youssef se ele tem acesso ao delegado a PF intitulou “influência governo São Paulo”. E o grampo rendeu frutos já que alcançou 512 mensagens entre Youssef, que se identifica por ‘Jaiminho’, e Nelma no período de 28 de fevereiro a 14 de março, no âmbito da “Operação Dolce Vita”, que é um desdobramento da “Lava Jato” e assim sendo, foram quatro investigações simultâneas, cada uma delas, relacionada a um grupo de doleiros.


E assim, o Youssef, que já está “guardado”, está muito bem ligado a Nelma que também já “dançou”.  E como o Padilha e o Vargas estão no mesmo barco, aqui cabe uma pergunta: “Porque não levarem os dois também para o ‘xilindró’”? 

Mas quanto ao Youssef ser "Jaiminho" ou "Primo", sabemos que falando de petistas isso é uma coisa normal. Afinal a presidente Dilma, já foi  "Estela" e muitos outros nomes.

Por trás desses nomes se escondem muitos "bandidos".

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