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Ficha-limpa

Pagot saiu e não vai “pagart” pelos crimes

Depois de botar banca dizendo que não iria sair, eis que o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot entregou seu pedido de demissão na segunda-feira. Até aí tudo correndo como já era esperado, afinal, ele é do PR e não do PMDB, o partido que não pode ser maculado.

Mas o que mais chamou a atenção de todos foi o fato de Dilma Rousseff, a presidente desde Brasil “desgovernado”, falar que para evitar interferência política na escolha do substituto do Pagot, decidiu que para os cargos de segundo e terceiro escalões do Ministério dos Transportes, os escolhidos terão que ter ficha limpa, sem condenações judiciais. Deixa-me ver se entendi: “será que até agora os escolhidos podiam até ser condenados que mesmo assim eles eram empossados nos cargos?” E outra duvida: “será que a partir de agora, mesmo que alguém esteja com o nome sujo na praça, mas não esteja condenado, vai poder assumir?”

Mas a Dilma já avisou que não vai aceitar indicação que venha de nenhum partido da base aliada, mesmo do PR que é o “dono” do ministério. O de resto é de um lado o líder do PR dizendo que ninguém provou nada contra o seu partido e do outro a oposição cobrando novas investigações das irregularidades no Dnit.

E assim tudo vai correndo e o oitavo mês vem por aí e nós aqui, esperando para ver qual será o próximo escândalo.