quarta-feira, 13 de julho de 2011

Respeito é bom e eu gosto



Gerson Tavares



Vamos falar hoje sobre segurança. Mas não estou falando da “nossa” segurança, que, aliás, “não vai lá das pernas” já que enquanto os bons policiais lutam para prender os bandidos, aqueles policiais da banda podre estão por aí montando quadrilhas para roubar e matar.

Quero falar da segurança que é usada pelas autoridades, até porque há menos de 15 dias perdemos um ex-presidente que sabia lidar com o assunto “segurança”. Para o Itamar Franco “segurança” era coisa que não precisava existir. Ele pegava o volante do seu carro aqui no Rio de Janeiro e ia sozinho dirigindo para Juiz de Fora onde ia passar o seu fim de semana. Só estou falando em Itamar Franco para mostrar a diferença daquele tempo, quando o presidente não se preocupava com “segurança”, para os tempos atuais.

Já no tempo do governo Lula a imprensa teve alguma dificuldade com a comunicação entre governo e mídia. Lula assumiu claramente que não lia jornais porque não dava crédito à imprensa e assim, ele só falava com os repórteres quando era assunto de seu interesse. E sempre que algum repórter perguntava alguma coisa que ele não se sentisse seguro para responder, faltava com o respeito ao profissional e assim acabava a entrevista.

Mas como nem tudo estava tão ruim que não pudesse piorar, nos dias de hoje, com o governo Dilma Rousseff a imprensa vive isolada no Planalto. Depois que a Dilma assumiu o governo a segurança da Presidência montou uma barreira para dificultar as entrevistas.

Desde janeiro, logo após a posse, a segurança ficou mais atuante e se mostra sempre à imprensa, mesmo que Dilma não esteja ali. A cada cerimônia as “barreiras” vão se somando para dificultar qualquer movimento dos jornalistas. E isso ficou muito claro agora com a crise do Ministério dos Transportes, quando os repórteres queriam saber da Dilma se Alfredo Nascimento estava “prestigiado” ou se iria “sambar”. Por incrível que pareça, a presidente ficou isolada por três fileiras de cordas, não dando a menor chance aos repórteres de qualquer pergunta.

Mas pelo modo como foi feita a coisa, parece que o medo não é de alguém fazer alguma coisa com a Dilma, mas sim que alguém possa descobrir algum “podre maior” entre as respostas que poderão ser dadas. Até porque o isolamento não é só da Dilma, mas também não dando qualquer chance aos repórteres de falar com a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas e muito menos com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pessoas que poderiam saber alguma coisa e deixar sair assim, sem querer.

Mas as desculpas para essa atitude são muito esfarrapadas. Dizem assessores, que a Dilma Rousseff não tem paciência para entrevistas, mas eles esquecem que ela tinha toda a paciência do mundo para dar entrevistas quando candidata a presidência.

E existe outra coisa que causa espanto no Palácio do Planalto. É o fato de que nos dias de hoje a segurança tem por repetidas vezes intimidado os jornalistas, chegando mesmo a ameaçar de retirar suas credenciais, coisa que, nem mesmo na época do governo militar, acontecia.

Por isso já é hora deste “governinho sem vergonha” começar a ter mais respeito pelos profissionais que só estão ali para bem informar. Tenho dito!

2 comentários:

Anônimo disse...

Cada um sabe onde o sapato aperta. A Dilma sabe que antigamente ela era capaz de tudo, então acha que hoje outros podem também querer dar uma de bandido.
Ela confunde jorenalista com marginal. É proprio para quem teve um passado tão maculado por assalto, sequestro e tantas outras bandidagens.

Anônimo disse...

Claro que ela tem medo. E se a Estela aparece de repente? Ela sabe que bandido tem em qualquer época.